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Vinhos Chilenos entendem que menos carvalho é mais!

Vinhos Chilenos entendem que menos carvalho é mais!

Se foram anos, ou melhor, décadas até chilenos perceberem que menos carvalho é mais! Mas nos últimos anos se tem percebido no mercado uma mudança de comportamento das vinícolas chilenas e de seus enólogos.

Aos novos apreciadores de vinhos, os vinhos chilenos realmente eram perfeitos. Apresentavam sempre muito corpo, álcool alto, muita madeira, coloração extremamente escura e por fim uma sensação adocicada. O que podemos chamar educadamente de quase uma “coca-cola de uva”! E muitos novos apreciadores de vinho se orgulhavam de dizer que somente “esses” eram vinhos… Aqueles mais fraquinhos era coisa para não entendedores! Ah!!! Como escutei esse discurso em feiras e degustações. E tenho que ser sincera, com esse perfil de vinhos eu sempre me limitei a poucos bons produtores de vinhos chilenos.

Mas o tempo passa, e começam a surgir novos interesses das vinícolas. Atingir o mercado internacional, receber reconhecimento de grandes críticos de vinhos e ser capa das revistas mais emblemáticas no mundo do vinho. E a solução para atingir tais metas é se encaixar no estilo de vinho aceitável para essa “classe” de apreciadores – leia-se: não amadores.

E com essa visão um novo mercado se abriu no Chile, vinhos com qualidade, madeira equilibrada e sem excessos, teor alcoólico mais baixo e com mais frescor. Assim como costumam ser os vinhos do velho mundo, no geral. E o resultado desse trabalho é mais mercado. Hoje o Chile é um país reconhecido internacionalmente por seus vinhos. E não somente pelas castas tradicionais Cabernet Sauvignon ou Merlot, mas sim por castas como Carignan e Syrah. Os seus vinhos vêem ganhando destaque entre os grandes críticos de vinhos, já saíram diversas vezes em capas de revistas e ganhou o mercado europeu.

E foi assim que o Chile deixou o amadorismo no mundo do vinho e passou a ser uma referência entre os países do Novo Mundo produtores de vinhos. E sem dúvida, quem saiu ganhando fomos nós! Hoje é possível apreciar um Cabernet Sauvignon de olhos fechados e identificá-lo pelas características da casta, e podemos aplicar o mesmo método para outras uvas que não iremos nos desapontar!  Mas lembrem-se que estamos falando de bons produtores, bons enólogos e vinhos com um preço um pouco acima do custo X benefício aqui no Brasil.

Um desses grandes produtores sem dúvida é a De Martino, que há anos vem mostrando o seu potencial com o enólogo Marcelo Retamal.

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“De Martino, una de las más dinámicas y emprendedoras de entre las empresas experimentales y emprendedoras de Chile.”
 Jancis Robinson 26.06.13 jancisrobinson.com

 

“Para mí De Martino es una de las viñas más exitosas. Están haciendo bien todas las cosas: cosechan tempranamente, evitan las barricas nuevas, juegan con métodos alternativos de crianza (en ánforas de arcilla, llamadas tinajas) y agregan lo menos posible a los vinos. El resultado es una excelente selección de botellas.”
 Jamie Goode, Wineoark.com 2013

Outro produtor que sem dúvida nenhuma faz excelentes monovarietais é a Villard. Aqui coloco algumas das premiações de seus vinhos, e a capa de uma revista canadense destinada ao mundo do vinho, que tem como destaque uma entrevista com o winemaker Charlie Villard.

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DECANTER MAGAZINE: 4 STARS: SYRAH EXPRESION RESERVE 2013 “HIGHLY RECOMENDED

GILBERT & GAILLARD: 94 Points: EL NOBLE 2011   / 91 Points: LE PINOT NOIR GRAND VIN 2012

E eu finalizo essa matéria deixando vocês de olhos mais abertos e atentos aos vinhos chilenos. E aí? Qual o seu preferido? Que vinho você considera mais autêntico? Pense e comece a pesquisar! Tenho certeza que você encontrará muitos bons vinhos chilenos para degustar!

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