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A Denominação Bizkaiko Txakolina e seus brancos…

A Denominação Bizkaiko Txakolina  e seus brancos…

Incrível como o mundo do vinho não para de nos mostrar “novidades”! Coloco entre aspas pois na realidade a D.O. Bizkaiko Txakolina faz parte de um territótio histórico na Comunidade Autònoma do País Vasco. Porém por muito tempo ficou esquecida e sem valor no mercado internacional dos vinhos…  Mas os tempos mudaram e parece que um ressurgimento dessa D.O. tem tomado conta do mercado pelo menos Espanhol. E hoje você conhece popularmente esse vinho com o o nome TXAKOLI no rótulo nas principais lojas do país. E foi assim que resolvi tomar um e compartilhar com vocês essa experiencia.

É no início dos anos oitenta, quando um grupo de produtores de vinho é vinculado a Associação de Txakolineros de Bizkaia (BIALTXA) e com o apoio da Administração Basca (Governo Basco e Conselho Provincial de Bizkaia) é lançado para a recuperação da imagem desse vinho. 

Fruto deste trabalho e colaboração nasceu em 1994 a Denominação de Origem “Chacolí de Bizkaia – Bizkaiko Txakolina”. Este D.O. nasceu com o objetivo de tornar conhecido, valorizado e proteger este vinho ancestral, fruto da viticultura atlântica de variedades nativas e do bom trabalho dos “pueblos”.

VINHOS PRODUZIDOS:

Eu dou enfase aos brancos secos porque são os vinhos que mais se destacam e responsáveis pela grande produção. Mas a D.O. produz uma grande variedade que estão divididos em:

TXAKOLI BLANCO – que representam a maioria da produção passando dos 90%.

E que são produzidos principalmente com as castas Hondarrabi Zuri e Zerratia. De tonalidades que vão do amarelo pálido ao amarelo palha, podendo ter tonalidades esverdeadas. Brilhante e cristalino. Destacam seus aromas primários, de média intensidade, com nuances em que predominam as notas de frutas, além de outras florais e herbáceas. Na boca eles têm um sabor típico, ligeiramente ácido, fresco e equilibrado. 

TXAKOLI BLANCO FERMENTADO EN BARRICA – uma menor parcela de vinhedos posicionados com melhor exposição solar e que posteriormente se consegue trabalha a uva na barrica de carvalho.  

Apresentam cores que vão do amarelo palha ao amarelo claro, limpo e brilhante. Aromas de média para alta intensidade, notas frutadas e florais, reunidas com outros aromas balsâmicos. O paladar é vinhos frescos, equilibrados e complexos. Na lista dos meus queridinhos para brancos de personalidade. 

TXAKOLI ROSADO – A produção desse vinho exige no mínimo 50% da uva Hondarabi Beltza e normalmente o vinho é conhecido como “Ojo de Gallo”. 

Rosa, com tons entre morango pálido e framboesa. Aromas de pequenos frutos silvestres, com memórias de jardim e pimenta verde, típicos da variedade.   O palato é de estrutura leve-média, fácil de beber, fresco e vivo.

TXAKOLI TINTO – Produzido com a variedade Hondarrabi Beltza, vinho jovem, marcante e diferente. 

Vermelho escuro, com tons que vão do vermelho cereja ao violeta. Aromas primários de grande intensidade, com notas de pequenos frutos, pimento e jardim … Vinhos de estrutura média, frescos, adequadamente tânicos, com final de boca frutado com memórias de jardim e pimenta verde, típicos da variedade. São vinhos que devido à sua estrutura e complexidade, algumas elaborações permitem o serem envelhecidos Crianza”, dando notas tostadas ao nariz, podendo ser complementadas na boca com notas de madeira de maior complexidade.

 

MINHA TAÇA:

Entre tantas opções disponíveis optei por escolher um com preço mais econômico e realmente conhecer o vinho antes de me aventurar em opções com preço mais elevado. Mesmo assim, escolhi um vinho bem recomendado para conhecer as característicadas da D.O. O vinho que tomei foi o Señorío de Otxaran.