A nova geração de enólogos tem muito a dizer, ou melhor, produzir! Malbec é a grande uva da Argentina. Não tem uma pessoa que seja que ao pensar em tomar um vinho argentino que não pense logo nela! Mas uma nova legião de enólogos (winemakers) estão deixando claro que a Argentina tem muito mais a oferecer do que apenas vinhos da famosa Malbec.
Esses novos enólogos têm buscado novos caminhos, ou seja, desafios! Maior altitude, micro climas nos Andes e novas variedades de uvas estão surgindo. Assim como a grande variedade de vinhos brancos. E como tem vendido vinho branco, né?! Fico feliz em perceber que o brasileiro começa a entender a hora certa para cada tipo de vinho, e que degustar um branco tem o seus momentos!
Vamos a alguns nomes em destaque:
Victoria Prandina – Uma nova geração de mulheres está começando a ocupar cargos importantes na produção de vinho. Victoria Prandina é um dessas mulheres, que começou no Trivento da Concha y Toro como assistente em 2006, passou por diversas etapas, e hoje está produzindo o seu primeiro espumante método tradicional.
Sebastián Zuccardi – Este jovem enólogo vem da renomada família de vinhos que ele fundou em 1963 o avô Alberto (mais conhecido como Tito), quando ele implantou um vinhedo para mostrar um novo sistema de irrigação Mendoza. Para o jovem enólogo, o solo é uma parte essencial da produção: “A Argentina tem de começar a falar sobre terroir. Se não seguir este passo importante que estamos condenados a transcender como produtores. “
Paula Gonzalez – é o segundo winemaker da Casarena Winery and Vineyards, com seus 24 anos é um dos mais jovens do país. Formou-se em 2013 e vem trabalhando já há duas colheitas na vinícula. “Toda a minha vida eu estava ligada ao mundo do vinho e da viticultura, desde a infância eu era capaz de entrar em contato com vinha acompanhando meu pai em sua fazenda e ter a oportunidade de conhecer as práticas culturais”, diz com orgulho Paula.
Soledad Vargas – Muitas vezes, o desafio desses jovens enólogos começa na sombra de grandes produtores de vinho. Um desses casos é que levou Soledad Vargas (34), winemaker atual Finca La Anita, do renomado enólogo Manuel Mas. Ela acredita que na Argentina as pessoas quando começam a descobrir o vinho são incentivadas a experimentar diferentes estilos e variedades sem seguir tendências. Também no mercado local é vendido em quantidades maiores os mais frescos, vinhos ágeis sem muita madeira, mais fácil de tomar.
Alejandro Nesman – tem apenas 34 anos, é engenheiro agrônomo, enólogo e gerente de produção em Piattelli Vineyards, Cafayate, Salta. “Eu decidi estudar agronomia e enologia porque minha família é proprietária de vinhas e adega, ou seja, é o negócio da família”, diz ele, acrescentando com uma risada. “A forma como eles trabalham agora é completamente o oposto de como as coisas eram há 30 anos. Hoje vinificação é minimalista, simples e respeitosa de terroir “, diz Horacio Nesman (pai de Alejandro Nesman).
Romina Carparelli – Entre os jovens enólogos que iniciam a sua carreira no vinho argentino está Romina Carparelli (31) da Bodega Margot. “Eu me formei em 2005. Eu estava indo para estudar medicina na última hora mudei de idéia”, diz Romina. “O vinho ainda era um mistério para mim. Nossa Bodega Margot era apenas um sonho que assombrou-jantar de domingo; um desejo que surgiu em discussões entre o meu pai, minha irmã e seu marido.
E agora é buscar os vinhos produzidos por essa turma de novos enólogos e ter certeza que vale a pena!