Costumamos brincar ao dizer que quanto mais velho o vinho melhor ele é, o que não é verdade absoluta, afinal temos milhares de vinhos frescos que devem ser consumido rapidamente para não perderem sua acidez, sua “vivacidaz”! Agora a moda é escolher vinhos de vinhas velhas. E parece a expressão ter voltado: “quanto mais velha melhor”! Mas aqui batemos uma vez mais no estilo do vinho… O que você espera do vinho, qual foi o propósito do enólogo desse vinho?
O termo “vinhas velhas” pode aparecer no rótulo como Vieilles Vignes – na França, ou no termo em inglês Old Vines – presente na maioria dos vinhos do Novo Mundo.
São melhores mesmo esses vinhos? Aqui falamos de um estilo de vinho, aquele produzido com castas de vinhas mais velhas, normalmente com 20, 30 ou mais anos, que produzem menos cachos de uva, então terão uma melhor concentração, com raízes mais profundas que são capazes de atrair características do terroir impressionantes! Se você busca intensidade, concentração e estrutura em um único vinho com certeza você encontrará, mas não quer dizer que um vinho que não seja de vinhas velhas não possa te proporcionar o mesmo.
Claro que tem um grande valor, afinal são vinhas com troncos largos, históricas e as queridinhas dos produtores. Mas muitas vezes se tornam tão poucas os cachos por planta que tornam esse vinho bem caro, e aí vem o tema será que o preço vale?
Então tudo é uma questão de percepção, valores e gosto! Melhores porque são mais velhas? Nem sempre! Depende do que você espera de um vinho, do quanto está disposto a pagar e se realmente consegue perceber essa diferença ao degustar um vinho. Mas uma coisa eu recomendo, deguste dois vinhos do mesmo produtor, um normal e outro vinhas velhas e tire suas conclusões! Eu já fiz e valeu muita pena porque eu consegui perceber um maior leque de bouquet no vinho em relação ao seu irmão mais novo.