Parece impossível dizer “os vinhos indianos”. Afinal estamos falando de um país onde parte da população é bem rigorosa quanto as alimentos e consumo de álcool. Mas existe outra boa parte da população que vive os momentos da modernidade, e claro que o consumo de vinho está entre essas novas conquistas.
A índia pode não ser o primeiro país que vem a sua mente quando pensa em vinhos de qualidade, mas é bom saber que a tradição da viticultura esteve presente nesse país há séculos. Infelizmente uma produção que perdeu força com a filoxira (uma praga) que devastou seus vinhedos. Mas recentemente tudo mudou, e eles estão de novo no mercado.
Na cultura indiana, os Hindus rigorosos devem evitar comer carne, cogumelos, chá, alho e bebidas alcoólicas. Mesmo assim, uma outra parte da população está de antena ligada as atualidades e o consumo de vinho está nessa lista. É possível a realização de feiras de vinhos, degustações e exportação de seus vinhos. E mais ainda, com um turismo em crescimento absurdamente rápido com visitas aos vinhedos, picnic e explicações de enólogos…
O consumo predominante são dos vinhos brancos como Riesling, Chenin Blanc, Gewurztraminer e Pinot Gris que harmonizam perfeitamente com a comida indiana.
Como em qualquer lugar no mundo, existe uma região que se destaca, e essa é em torno da cidade de Nashik – noroeste da Índia, que tem um clima semelhante a algumas partes da California, da Austália e Espanha.
Os primeiros vinhos apresentados na Wine Spectator foi em 2002, da Samat de Sula Vineyard, sendo o maior produtor do país e com controle de 65% do mercado de vinhos.
“As coisas correram para um nível diferente. Começamos com a venda de apenas 40 mil garrafas de vinho para algo como 10 milhões de garrafas de vinho … e é um belo negócio que trouxe não apenas lucro para nós, mas com a grande comunidade em geral”. Kerry Damskey – Enólogo Californiano que trabalha para Sula Vineyard