Quando alguém do mundo do vinho fala que trabalha em uma vinícola ou na indústria do vinho, logo escutamos um comentário do tipo: nossa que sonho! Sim, pode parecer um sonho aos olhos de quem só vê o vinho pronto e rotulado. Mas por trás daquela garrafa existe muito suor, persistência, risos, perdas e lágrimas. E esse ano de 2016 não foi muito diferente.
Os últimos acontecimentos tem ocorrido no Chile. Todos acreditam que a influência vem do El Niño de 2016 que causa um grande impacto com um calor absurdo no país. O primeiro impacto, pouco comentado, mas que é um problema para alguns produtores são os animais que não encontram comida em seu habitat natural e invadem as viñas em busca de alimento, o que acontece com frequência na Toscana com os javalis. Esse ano foi os vinhedos chilenos que receberam a visita de coelhos famintos e que destruíram hectares de plantio, como postou Charlie Villard uma foto de seus vinhedos. E lendo os comentários percebemos que atingiu muitos outros produtores.
E nas últimas semanas os incêndios – inicialmente provocados pelo excesso de calor – também destroem vinhedos e deixam uma longa e cinza nuvem sobre as vinhas que serão colhidas em 2 meses.
Mas nesse caso culpar o El Niño por tudo é precipitado. Já se encontraram evidências de panos com gasolina amarrados em árvores e o rumo das consequências da natureza deixam espaço para incêndios propositais também.
Recebi o vídeo abaixo de uma amiga do Chile e olhem só o que esse senhor diz:
A verdade de tudo isso, é que por trás da garrafa do vinho que chega ao mercado existe uma história, famílias inteiras dedicam sua vida para o vinho. E se naquele ano não sai como se esperava, muitas lágrimas você encontrará naquele vinho! É um trabalho árduo, muita luta e persistência.
E aqui deixo a minha força para cada produtor que perdeu parte ou todo seu vinhedo. E junto o meu respeito por cada garrafa de vinho aberta!
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