Champagne! Champagne! Ahhh… Como gostamos de ouvir essa palavra no mundo do vinho! Ela nos faz ver estrelas!!! Surpreende e realmente vamos ao céu quanto provamos uma boa garrafa de Champagne.
O Champagne é o queridinho dos espumantes no mundo inteiro e até a família real britânica consome o famoso Champagne Bollinger, segundo o filme “A year in Champagne” que mostra inclusive um quadro com a assinatura da rainha dizendo que esse é Champagne tomando nos últimos 125 anos pela família real britânica. Que prestígio, não?!
Mesmo com tanta tradição a família real andou mudando um pouco as coisas. No casamento do principe Willian o Champagne servido foi outro, com rótulo personalizado, o que acredito ter sido feito um corte de Champagne especial para a ocasião. Mas abriram mão da tradição de servir o Bollinger. Alguém sabe mais informações do porquê? Me digam!
Mas parece que as coisas tem mudado, e já percebemos isso em alguns eventos pelo mundo afora. E recentemente eu tenho lido algumas matérias com “reclamações” dos querido Champagnes, digo críticas quanto a real qualidade, o real Champagne que é exportado. E tenho que concordar que estamos diante de uma indústria gigante e alguns, sem citar nomes, são bem simples apesar do alto preço no mercado. Uvas que muitas vezes são compradas de propriedades vizinhas, cortes de vinhos bem comerciais e nada de personalidade. E lamentavelmente boa parte da população brasileira ainda não abriu a mente para rótulos nada conhecidos, mas que trazem uma qualidade superior inacreditável.
Então seria essa “falha” de qualidade uma porta aberta para outros produtores de espumantes colocarem seus produtos em destaque no mercado internacional? A resposta é sim! Alguns produtores de espumantes em diversos países estão percebendo essa abertura no mercado, e têm investido forte!
“Há um monte de porcaria de Champagne sendo feitos. Champagne deixou a porta aberta para a qualidade. Não seria possível para nós vencê-los em seu próprio jogo.”
“O nome ‘Champagne’ vai se tornar uma fracasso no futuro, o que importa são marcas como Veuve Clicquot e Moët & Chandon. Se eu fosse Bernard Arnault da LVMH eu tiraria o nome Champagne os rótulos de minhas marcas em um piscar de olhos “.
Ian Kellett – proprietário da Hambledon e produtor de espumantes.
E porque estou falando disso? Juntei as informações e chegamos ao mais recente acontecimento! A família real não serviu Champagne!!!
O último encontro oficial real da Família Britânica ao receber o presidente chinês Xi Jinping não foi servido o Champagne Bollinger, e sim o espumante inglês Ridgeview Grosvenor 2009 Brut. Um espumante produzido pelo método tradicional e com as uvas permitidas em Champagne. Preço médio €38.91.
Será que a família real deixará a tradição de 125 anos? Será que o nome Champagne perdeu o seu glamour “Royal”? Será que “realmente” falando os espumantes do mundo afora estão ganhando esse mercado?
Eu acredito que sim! Já tomei excelentes espumantes que não são rotulados Champagnes e são mais ou tão maravilhosos. Um bom exemplo é o italiano Ferrari. Já falei dele em algumas degustações e você pode conferir AQUI, AQUI e AQUI.
O mercado está se abrindo, as pessoas mais viajadas estão se aventurando a novos rótulos. Revistas, jornais e sites (como esse) fazem suas campanhas para abrir a mente do consumidor. E o resultado é que queremos sim mais Champagne!!! Mas que seja de boa qualidade e que honre o seu nome!
Certamente a família real passou a servir o espumante inglês, pois se trata de um produto elaborado no seu país! Não necessariamente pelo champagne ter perdido seu “glamour” ou em qualidade, mas pelo patriotismo, valorizando os produtores nacionais. Excelente exemplo!
Nada mais patriota, não é verdade?!