Kilómetro de Pizza

Kilómetro de Pizza

Daquelas pizzarias que você olha de fora e pensa… Lá vem mais um restaurante de fastfood que adolescente adora. Porém, você se fixa nas informações dos adesivos e percebe que temos mais do que isso! Dizem ter uma pizza Gourmet e ligeira (leve em português)… Será?!

O RESTAURANTE

O visual é lindo entrando no restaurante. Uma junção de minimalismo com acolhedor… E plantas! Muitas plantas! Gosto de ambiente assim. Mesas de madeira, algumas com bancos longos para grupos grandes e mais plantas.

COMENDO

Na mesa você tem algumas opções de tamanho de pizza e pedimos o menor, afinal eramos poucos e o metro ou 2 metros ficou só na vista das mesas próximas. Mas antes da pizza pedimos entradinhas e vinho. Tudo bem delicioso e vale a pena mesmo que o objetivo seja comer a tal pizza…

Os sabores das pizzas são bem apetitosos e demoramos para escolher, exceto a das crianças que seria Jamon y queso, como sempre.  Difícil fazer essa meninada mudar de paladar… A outra pizza pedimos de Cherry y Cebolla Caramelizada.

CONCLUSÃO

O que podemos dizer da pizza? Voltaria muitas vezes! A massa realmente apresenta ingredientes de alta qualidade e gourmet, até mesmo a de presento é “goumertizada”, e também é bem leve! Apesar da massa mais grossa. Pedimos o tamanho suficiente, mas acredito que o divertido é uma turma grande para medir a metro e escolher até 4 sabores na pizza.

Essa é a minha dica de hoje para quem estiver por Madrid.

Luigi Bosca CS na Minha Taça

Mais uma taça com um clássico dos clássicos! Luigi Bosca Cabernet Sauvignon da querida família Arizu! E começamos com a palavra espetacular… É exatamente o principal adjetivo que posso usar para descrever esse vinho.

Normalmente quando falamos de vinhos argentinos pensamos logo em Malbec, sim essa é a casta mais comercial do país, mas porque não tomarmos um Cabernet Sauvignon? Esse vinho é um dos meus queridinhos e sou sincera em dizer que faziam alguns bons anos que não me dedicava a apreciá-lo. O que vejo como ótimo aprendizado, levando em consideração a quantidade de CS que tenho provado nos últimos tempos… Só assim percebi a potência desse vinho. 

A produção do LB CS

O LB CS passou por um longo estágio em barricas, mas foi muito bem trabalhado, vinhas com mais de 50 anos e 100% CS. E por fim, a seleção manual dos grãos mostra a diferença das “berries” totalmente amadurecidas para a produção de um vinho perfeito. O vinho começa a ser feito no ato da escolha das uvas a serem colhidas e selecionadas, não duvide desse fato! 

O Vinho

Luigi Bosca Cabernet Sauvignon 2014 foi o vinho degustado. E o que posso falar que a sua coloração é magnífica já na taça, mas sem dúvida o grande espetáculo fica os aromas, na verdade o bouquet que esse vinho ganhou e desenvolveu. Impressiona e a vontade é ficar meditando com a taça e curtindo sem fim aquele momento.

Cor vermelha rubi brilhante e intensa. Aromas de especiarias e frutas como cassis e amoras que combinam com notas florais muito bem integradas com seu envelhecimento em barricas de carvalho e especiarias como pimenta verde. Em boca mostra uma grande estrutura e corpo, taninos maduros e caráter sóbrio. Ao paladar exibe bela complexidade e elegância. Longo final de boca.

Ficha técnica – Decanter Importadora

Onde comprar

Se você está se perguntando qual vinho tomar da argentina sem excessos, digo sem maquiagem de madeira, sem álcool alto demais e bem equilibrado, esse é o vinho. Procure nas lojas que revendem Decanter, pois visitando o site da importadora percebi que já estão com a safra 2016, que sem dúvida está muito bom, afinal estamos falando de família Arizú, mas diria que o 2014 está no seu auge e perfeito para ser degustado.

Wild Rock na Minha Taça

Semanas atrás provei essa beleza de vinho e não poderia deixar de compartilhar com vocês essa experiência. Afinal, esse grande vinho quebra muitas regras que normalmente ditamos no mundo do vinho. Já vou explicar…

Wild Rock Red Pit é um vinho de corte com a proporção de 71% Merlot, 25% Malbec, 4% Cabernet Franc. Um corte bordalês literalmente! Produzido na Nova Zelândia em uma região com clima marítimo o que remete novamente a Bordeaux. 

… Então vamos falar do que aparentemente seria contraditório aos comentarias de vinhos por aí

A principal uva do corte é a Merlot, essa bem menos tanica que suas companheiras Cabernet Sauvignon, Syrah ou Tannat. E quando pensamos em um vinho de guarda, a Merlot não está na lista. Um grande erro se lembrarmos dos vinhos de St. Emilion em Bordeax, onde muitos são produzidos para anos e mais anos de guarda. E a diferença está exatamente na vinificação do vinho que potencializa o vinho para guarda.

A ROSCA

O vinho é de rosca, perceberam na foto? Pois é, ainda continuaremos torcendo a cara para vinhos finalizados com rosca? É sério? Vedação perfeita, sem contaminação pela rolha e obviamente a possibilidade de uma oxidação antecipada não acontece. Eu sou fã da rosca e acho excelente opção para preservar vinhos. É o caso desse!

A SAFRA

Estamos falando de um vinho da safra 2008! Ou seja, 10 anos de vida! Não é um vinhozinho de rosca do dia a dica, aqui é um vinho da Nova Zelândia, 71% Merlot, rosca e guarda! Sim!!! Um grande vinho!

VINIFICAÇÃO

O resultado desse vinho é exatamente a arte de se produzir! O mosto foi vinificado em aço inox, filtrado e trasfegado para barricas de carvalho francês por 14 meses, um tempo bem considerável. E pelo menos 20% das barricas eram de primeiro uso, o que potencializa esse vinho. Então o resultado não poderia ser menos do que se espera com 10 anos de safra. E a ficha técnica indica em média 8 anos de guarda… Ou seja, ele aguentou bem sua idade sem apresentar cansaço. 

Diretrizes Enogastronômicas: Embutidos ricos em sabor; Paleta de cabrito assada ao perfume de alecrim; Pappardelle ao creme de trufas; Prime-rib grelhado na brasa, servido com tian de legumes à provençal.

Decanter Importadora 

ANÁLISE DO VINHO

A cor já demonstra bons anos de garrafa, do rubi opaco com tom atijolado escuro. O nariz é sensacional com notas de frutas negras, frutas secas como figo e que se fundem ao cacau e algumas notas de ervas. Sofisticado ataque em boca, com fruta abundante, taninos elegantes apoiados em equilibrada acidez.

E o resultado é que “quebrando” muitas teorias ditas e escritas sobre o vinho, temos um grande vinho que aguentou firme a sua idade e quem tiver alguma garrafa por aí, está na hora de tomar! 

QUADRO DE DEGUSTAÇÃO DO SITE WINE N’ABOUT

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Até o próximo post!

VISITA A PRADO REY

Passeio a vinícolas sempre é uma oportunidade de aprender mais, conhecer novos vinhos e também relaxar com a família. E foi o que fiz mês passado com minha irmã e meus sobrinhos, fomos passear da Prado Rey que fica a menos de 2 horas de Madrid. Um passeio bonito desde a estrada e que recomendo.

O plano foi ficar o final de semana todo na Prado Rey que é propriedade da Real Sítio de Ventosilla e possue a pousada com o mesmo nome. Uma experiencia muito gostosa e perfeita para famílias. Eu registrei bastante imagens da pousada e mostro todas no vídeo no meu Youtube.

Alguns minutos antes da Pousada está a Bodega Prado Rey… E os passeios são previamente agendados. Você consegue conhecer um pouco mais no processo de vinificação da Prado Rey e o propósito deles o mundo do vinho. São centenas de barricas de madeira, ânforas de cimento e salas sensoriais para os visitantes. Após a visita a vinícola é realizado degustações conforme a sua reserva.

Assista ao vídeo e veja mais detalhes desse passeio e imagens lindas.

A Denominação Bizkaiko Txakolina e seus brancos…

Incrível como o mundo do vinho não para de nos mostrar “novidades”! Coloco entre aspas pois na realidade a D.O. Bizkaiko Txakolina faz parte de um territótio histórico na Comunidade Autònoma do País Vasco. Porém por muito tempo ficou esquecida e sem valor no mercado internacional dos vinhos…  Mas os tempos mudaram e parece que um ressurgimento dessa D.O. tem tomado conta do mercado pelo menos Espanhol. E hoje você conhece popularmente esse vinho com o o nome TXAKOLI no rótulo nas principais lojas do país. E foi assim que resolvi tomar um e compartilhar com vocês essa experiencia.

(mais…) “A Denominação Bizkaiko Txakolina e seus brancos…”