“Llenando las Viejas Tinajas” – Esse é o título das fotos que a De Martino colocou recentemente no Facebook e eu curti. Você sabe o que quer dizer isso? Ainda não é muito conhecido, na verdade já foi no passado, em tempos que nem eu bebia vinho ainda, mas resurgiu nos últimos anos e cada vez mais tempos produtores preparando vinhos assim.
As “tinajas” são jarros de barro grandes – aproximadamente 50 litros – onde antigamente se preparavam vinhos. Ou melhor, onde se preparam vinhos até os dias de hoje. E porque usar esses jarros de barro para preparar vinhos? Diferente da madeira, o barro não passa aromas ao vinho, o que deixa o máximo possível das características da própria uva. Também é um recipiente bem poroso e proporciona uma micro-oxigenação natural. Mas não é fácil, o controle é todo manual, aos olhos do enólogo e de sua equipe, não tem controle de temperatura, ou qualquer outro sistema de ajuda tecnológica.
O winemaker precisa ficar de olho para não errar e ter certeza do produto final de alta qualidade.
A De Martino, por exemplo, seu vinho, em “tinajas” centenárias de argila, é da uva cinsalt. Essa por sua vez passa 15 dias dentro das jarras para realizar a fermentação com maceração. O vinho no final é mantido por 7 meses em média nas tinajas e engarrafado sem filtragem alguma. Tanta intensidade proporciona um vinho com média de 8 anos de guarda. O meu é da safra 2011 e potencialmente iria até 2019, pretendo tomá-lo em breve, logo conto como foi a experiência!
FOTOS: BODEGA DE MARTINO – CHILE