Gallo Nero nas garrafas de Chianti

Gallo Nero nas garrafas de Chianti

Você já reparou que alguns vinhos italianos “Chianti” têm um desenho de um galo preto no gargalo? Repare só!

O galo é símbolo da história do vinho de Chianti. E é um orgulho para os produtores. A região localizada na Toscana, uma das principais regiões produtoras de vinho do mundo, é subdividida sendo as mais conhecidas Chianti Rufina, Chianti Colli Senesi e o Chianti Clássico.

Diz a história que existia uma rivalidade entre as cidades de Siena e Florença, e dois cavaleiros resolveram se enfrentar pacificamente para definirem os limites das terras de cada cidade. E foi em uma “batalha” de galos que tudo começou! Cada cidade escolheria um galo, e no dia seguinte no primeiro cantar do galo o cavaleiro saíria de suas terras em direção a do oponente, e quando os dois se encontrassem sería  ali delimitado a fronteira. A cidade de Siena escolheu um galo branco e o alimentou bem para que cantasse forte no amanhecer do sol, e Florença um galo negro que deixou sem alimento por toda a noite. E foi o galo negro que despertou antes ainda do amanhacer e cantou fortemente, talvez por pedir comida?! Enquanto o galo branco seguiu dormindo e levou horas para cantar.  A verdade é que o cavaleiro de Siena somente conseguiu cavalgar 12km enquanto o cavaleiro de Florença chegou próximo a Siena e ficou com a maior parte do território.

chiantilogoOs vinhos de Chianti seguem uma legislação local, e a sangiovese é a principal casta, e  pequena porcentagem de outras castas como Colorino, Canaiolo e até mesmo castas brancas como Malvasia é permitido.  A DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) foi revisada em 1990 e ficou permitido aos produtores produzirem um Chianti 100% Sangiovese e ainda adicionar cepas inovadores como Cabernet Sauvignon e Merlot.  Acrescento ainda que 2/3 dos vinhos Chianti DOCG são produzidos fora da região do Clássico.

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E vamos tomar um Gallo Nero!! Mas isso é assunto para outro post!

 

 

 

Barolo Flori na minha taça!

 

Vamos lá! Mais uma taça!!! Esse vinho foi legal ter tomado essa semana… Estava com um cliente que me perguntou o que eu achava desse Barolo, afinal o preço dele é bem interessante perto dos outros Barolos. E eu disse que era moderno, fresco e frutas silvestres bem intensas, que eram as características que lembrava desde a ultima vez que tomei. Então apreciá-lo mais uma vez essa semana fez eu perceber que é isso mesmo! A cor era um vermelho já a caminho do granada – se percebe bem na primeira foto – , na boca tem corpo, estrutura mas ao mesmo tempo encontro mais leveza que outros Barolos.  Um vinho que pede refeição! E logo pensei em uma massa com bastante manteiga de trufas… Um delícia!

Na ficha técnica diz em média 10 anos de guarda e estamos quase lá e achei realmente que está super equilibrado e pronto para ser apreciado, e quem quiser sim pode guardar um ano mais ou dois, ainda tem taninos para isso.

barolo02Me perdoem pelo rótulo todo enrugado! hahhaa… Foi um “acidente” na adega e ficou assim… A garrafa é numerada!! Olhem só!!!

Vou fazer um desabafo… Daqueles bem grandes!!! rsrsrrs… Sou casada com italiano, e nosso destino é sempre Itália como viagem, visitar família, comer bem e beber bem! Em uma das viagens que realizei, pegamos o carro e fomos para a casa da montanha – Abruzzo – e é impressionante como as lojas de conveniência das estradas vendem vinho. Mas um alerta! Encontrar vinhos como Barolo, Brunello e Amarone por preços insignificantes é impossível! Acredite que está sendo enganado! Acredite que esteja pagando por um rótulo e um produto possivelmente adulterado. As leis italianas são rígidas, tempos de barricas, castas permitidas para produzir certo vinho e comercializá-lo no tempo certo ainda existe! E isso deixa o vinho caro ao produzí-lo! Não se iluda com preços baixos, certamente você está levando “gato por lebre”.

Tips para iniciantes: A casta Nebbiolo sempre produz vinhos com taninos elevados, é uma casta da região de Piemonte na Itália e para os iniciantes somente com essa casta se pode produzir os famosos Barolos e Barbarescos que encontramos por aí.

VINHO: BAROLO FLORI / VINICOLA: ARALDICA / SAFRA: 2005 / PAÍS: ITÁLIA / IMPORTADORA: DECANTER

Japa em Ipanema

Estive no Rio umas duas semanas atrás, era domingo e dia de levar o Gianni para conhecer a Feira Hype de Ipanema. Depois foi a hora de escolher um local para almoçar, perto e que pudéssemos ir caminhando. Eu já conhecia o local, um dos preferidos da minha melhor amiga e bate local dos nossos encontros, mas a galera que estávamos não conhecia. Então vamos lá, né?!

O escolhido foi o Nik Sushi – que tem um rodízio divino apesar de não termos escolhido nesse dia. Antes de mais nada, a gentileza do sushiman foi enviar a mesa ua porção de Skin com Salmão… A foto tremeu, mas estava delicioso!

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Optamos por escolher um barco e foi o TITANIC com 100 peças!  O barco que não era um realmente um barco, e posso confessar que adorei a exposição da comida assim! Melhor que o barco mesmo!

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Também pedimos um Hot Filadelfia e estava bem gostoso, crocante por fora e macio por dentro. Essa foto fez um sucesso no Instagram @chicasdelaxampi!!!

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Olha que lindinha o bule do molho shoyo.

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Mais uma foto do Titanic. Deu vontade de comer… De novo! Ah!!!

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Nós eramos 4 adultos  e uma criança! Acho que foi bom o tamanho e com o Hot ficou exato na quantidade! Sem exageros e sem desejar mais!!!

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NIK SUSHI – RUA GARCIA D’AVILA – IPANEMA – RIO DE JANEIRO

NeroCavalieri na Minha Taça!

Com tantos restaurantes e comida aparecendo aqui pelo site fica até difícil colocar o post Minha Taça!

Mas vamos lá!!! O vinho da vez vale muito a pena conhecer!!! O querido foi o Nero Cavalieri – 2009 – da Castello de Magione. Chegou tem poucas semanas na Empório Portofino e eu fui logo separando minha garrafa, afinal som fã dos vinhos italianos. E quando tem história por trás ainda fica mais interessante!

O Castello di Magione tem DOC  “Colli del Trasimeno”, afinal fica nas encostas do Lago Trasimeno na Umbria. E antes de ser inaugurado a Cantina Castello di Magionea em 2009, o local era passagem de pelegrinos de passagem a Roma ou Jerusalém por volta dos anos 1150 – 1170. Dizem que o Castelo pertence ao Príncipe e Grande Mestre da Ordem Soberana e Militar de Malta, umas das mais poderosas organizações religiosas do mundo. E o enólogo é Maurilio Chioccia que está posicionado como “Melhor Enólogo” e um profissional altamente aclamado na Itália.

Hoje a vinícola produz diversidade de uvas como Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Gamay  e Carnaiolo. E hoje escolhi o Pino Nero (Pinot Noir) deles que é a minha casta preferida!

E na minha taça o vinho ficou entre os preferidos italianos! Um vinho que lembra frutas vermelhas como amora e cerejas. E sem dúvida nenhuma muitos aromas de bosque, folhagem e terrosos. Na boca está macio, aveludado e mostra um final longo.  Nada de exagero de carvalho, apenas o necessário para acrescentar estrutura e aromas. Elegante mesmo! Um vinho que pede comida, assim como a maioria dos italianos!!!

Nós preparamos pizza em casa mesmo, e queijo gorgonzola e aliche foram os ingredientes chaves para acompanhar o vinho! No final reguei um azeite de trufas, que é a indicação na ficha técnica do vinho! resultado? Delícia!!! O sal do aliche e do queijo não atrapalhou e foi até suavizado.  O vinho pede pratos bem elaborados!!! Fica a dica!

VINHO: NEROCAVALIERI / PRODUTOR: CASTELLO DI MAGIONE / SAFRA: 2009 / REGIÃO: UMBRIA / PAÍS: ITÁLIA / IMPORTADORA: DECANTER VINHOS

Liboreau Sauvignon Blanc na mesa!

Depois de comer o Acarajé do Dê – POST AQUI – eu  fui gravar o programa Estilo da Penha Alcioly, o quadro de gastronomia no qual a Emporio Portofino faz a harmonização. E como era no próprio restaurante, eu fiquei direto. Um chefe convidado do Restaurante Hippocampus – aqui de Cabo Frio, fez um camarão ao creme – Camarão Chambrisiense, bem saboroso e sem dúvida pedia um vinho estruturado.

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E aí escolhemos o Liboreau Sauvignon Blanc, um vinho da região de Cognac que tem feito bastante sucesso por aqui. Apresenta uma coloração mais amarelada, o aroma é fresco, e na boca lembrei logo de ervas, bem diferente do anterior, mas que agradou a todos! Eu sempre acho os sauvignons da França mais marcantes que os do Novo Mundo, realmente se eu tiver que tomar Sauvignon Blanc fico com eles.  A harmonização da ficha técnica sugeria peixes a base de peixes, até mesmo sushi e sashimi, e acho que ficou legal com o camarão mesmo com creme.

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Vinho 20: Liboreau Sauvignon Blanc / País: França / Safra: 2009 / Produtor: Domaine de Liboreau / Importadora: Decanter Vinhos