Novos enólogos produzem sem vinícolas.

Champagne é derrotado! Sério?

Alguns dias atrás falei do Champagne perder a majestade, e não é que as coisas estão mudando mesmo?!

O champagne foi derrotado em degustação às cegas! Pode ser?! Sim!!! Li ontem mesmo matéria no site “the drink business” que fala de uma degustação às cegas entre espumantes ingleses e champagnes.

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RESULTADO:

Hambledon Classic CuvéeNyetimber Classic Cuvée 2010 derrotaram a concorrência de Pol Roger, Taittinger e Veuve Clicquot para vir em primeiro lugar e em segundo em uma degustação de vinhos espumantes às cegas organizado pela revista Noble Rot.

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JURADOS:

Mas aí você pode falar assim: Ahhhh, mas que foi que degustou e falou isso? Olha só a lista de feras que foram os jurados!!

Realizada no Pub Marksman em Hackney, uma dúzia de espumantes da Inglaterra e Champagne foram julgados pelos críticos de vinhos Jancis Robinson, incluindo MW, Neal Martin de The Wine Advocate e Dr. Jamie Goode.

OBJETIVO:

A intensão era que os jurados não identificassem o que era Champagne e o que era espumante inglês, mas sim que realizassem uma degustação analisando o caráter, profundidade do sabor, complexidade, acidez e vitalidade.  Segundo disse Andrew – editor da Revista Noble Rot.

Quem quiser ler mais detalhes é só clicar nesse LINK e ler a matéria na integra!

Agora falando da revista. O design é maravilhoso!!! E as leituras muito boas… Quem quiser comprar vi que estão no AMAZON do Reino Unido, mas no momento estão indisponíveis… Ficar aguardando para quando voltarem a venda.

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Champagne perde a sua majestade?

Champagne! Champagne! Ahhh… Como gostamos de ouvir essa palavra no mundo do vinho! Ela nos faz ver estrelas!!! Surpreende e realmente vamos ao céu quanto provamos uma boa garrafa de Champagne.

O Champagne é o queridinho dos espumantes no mundo inteiro e até a família real britânica consome o famoso Champagne Bollinger, segundo o filme “A year in Champagne” que mostra inclusive um quadro com a assinatura da rainha dizendo que esse é Champagne tomando nos últimos 125 anos pela família real britânica. Que prestígio, não?!

Mesmo com tanta tradição a família real andou mudando um pouco as coisas. No casamento do principe Willian o Champagne servido foi outro, com rótulo personalizado, o que acredito ter sido feito um corte de Champagne especial para a ocasião. Mas abriram mão da tradição de servir o Bollinger. Alguém sabe mais informações do porquê? Me digam!

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Mas parece que as coisas tem mudado, e já percebemos isso em alguns eventos pelo mundo afora. E recentemente eu tenho lido algumas matérias com “reclamações” dos querido Champagnes, digo críticas quanto a real qualidade, o real Champagne que é exportado. E tenho que concordar que estamos diante de uma indústria gigante e alguns, sem citar nomes, são bem simples apesar do alto preço no mercado. Uvas que muitas vezes são compradas de propriedades vizinhas, cortes de vinhos bem comerciais e nada de personalidade. E lamentavelmente boa parte da população brasileira ainda não abriu a mente para rótulos nada conhecidos, mas que trazem uma qualidade superior inacreditável.

Então seria essa “falha” de qualidade uma porta aberta para outros produtores de espumantes colocarem seus produtos em destaque no mercado internacional? A resposta é sim! Alguns produtores de espumantes em diversos países estão percebendo essa abertura no mercado, e têm investido forte!

“Há um monte de porcaria de Champagne sendo feitos. Champagne deixou a porta aberta para a qualidade. Não seria possível para nós vencê-los em seu próprio jogo.” 

“O nome ‘Champagne’ vai se tornar uma fracasso no futuro, o que importa são marcas como Veuve Clicquot e Moët & Chandon. Se eu fosse Bernard Arnault da LVMH eu tiraria o nome Champagne  os rótulos de minhas marcas em um piscar de olhos “.  

Ian Kellett – proprietário da Hambledon e produtor de espumantes. 

E porque estou falando disso? Juntei as informações e chegamos ao mais recente acontecimento! A família real não serviu Champagne!!!

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O último encontro oficial real da Família Britânica ao receber o presidente chinês Xi Jinping não foi servido o Champagne Bollinger, e sim o espumante inglês  Ridgeview Grosvenor 2009 Brut. Um espumante produzido pelo método tradicional e com as uvas permitidas em Champagne. Preço médio €38.91.

Britain's Queen Elizabeth II hosts a State Banquet for Chinese President Xi Jinping at Buckingham Palace in London, on October 20, 2015, on the first official day of Xi's state visit. Chinese President Xi Jinping arrived for a four-day state visit as the government of Prime Minister David Cameron seeks stronger trade ties with the world's second-largest economy. AFP PHOTO / POOL / DOMINIC LIPINSKI

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Será que a família real deixará a tradição de 125 anos? Será que o nome Champagne perdeu o seu glamour “Royal”? Será que “realmente” falando os espumantes do mundo afora estão ganhando esse mercado?

Eu acredito que sim! Já tomei excelentes espumantes que não são rotulados Champagnes e são mais ou tão maravilhosos. Um bom exemplo é o italiano Ferrari. Já falei dele em algumas degustações e você pode conferir AQUI, AQUI e AQUI.

O mercado está se abrindo, as pessoas mais viajadas estão se aventurando a novos rótulos. Revistas, jornais e sites (como esse) fazem suas campanhas para abrir a mente do consumidor. E o resultado é que queremos sim mais Champagne!!! Mas que seja de boa qualidade e que honre o seu nome!

 

Serviço do vinho em casa!

E aí? Você sabe como servir o vinho em casa para os seus convidados? O serviço do vinho corretamente pode te ajudar!

Já decidiu se vai servir apenas um vinho, ou que tal um branco e um tinto? Talvez um espumante? Pois é, as opções são infinitas. Existem milhares de vinhos de estilos e doçuras diferentes. Mas você deve seguir uma ordem no serviço  do vinho para não desapontar os seus convidados quanto a qualidade dos vinhos… Já explico!

Existem regras básicas no serviço do vinho, e se você resolver inverter pode deixar o seu vinho aguado, amargo ou simplesmente intragável. E isso tudo vai depender se ele é mais alcoólico, mas encorpado, branco ou tinto, espumante ou tranquilo. E foi pensando nisso que preparei esse vídeo curtinho para vocês entenderem melhor.

É só clicar no PLAY aí embaixo e assistir! E não deixe de clicar em gostei depois e assinar o nosso canal do Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=71bxljTNOJs

Os vinhos indianos

Parece impossível dizer “os vinhos indianos”. Afinal estamos falando de um país onde parte da população é bem rigorosa quanto as alimentos e consumo de álcool. Mas existe outra boa parte da população que vive os momentos da modernidade, e claro que o consumo de vinho está entre essas novas conquistas.

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A índia pode não ser o primeiro país que vem a sua mente quando pensa em vinhos de qualidade, mas é bom saber que a tradição da viticultura esteve presente nesse país há séculos. Infelizmente uma produção que perdeu força com a filoxira (uma praga) que devastou seus vinhedos. Mas recentemente tudo mudou, e eles estão de novo no mercado.

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Na cultura indiana, os Hindus rigorosos devem evitar comer carne, cogumelos, chá, alho e bebidas alcoólicas. Mesmo assim, uma outra parte da população está de antena ligada as atualidades e o consumo de vinho está nessa lista. É possível a realização de feiras de vinhos, degustações e exportação de seus vinhos. E mais ainda, com um turismo em crescimento absurdamente rápido com visitas aos vinhedos, picnic e explicações de enólogos…Wine-tour-of-india

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O consumo predominante são dos vinhos brancos como Riesling, Chenin Blanc, Gewurztraminer e Pinot Gris que harmonizam perfeitamente com a comida indiana. 

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Como em qualquer lugar no mundo, existe uma região que se destaca, e essa é em torno da cidade de Nashik – noroeste da Índia, que tem um clima semelhante a algumas partes da California, da Austália e Espanha.

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Os primeiros vinhos apresentados na Wine Spectator foi em 2002, da Samat de Sula Vineyard, sendo o maior produtor do país e com controle de 65% do mercado de vinhos.

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“As coisas correram para um nível diferente. Começamos com a venda de apenas 40 mil garrafas de vinho para algo como 10 milhões de garrafas de vinho … e é um belo negócio que trouxe não apenas lucro para nós, mas com a grande comunidade em geral”. Kerry Damskey – Enólogo Californiano que trabalha para Sula Vineyard