Vamos degustar? Que tal aprender passo a passo? Hoje eu apresento a vocês um vídeo com a análise visual do vinho que gravei há algumas semanas. Lembramos que a degustação do vinho é dividida em 3 etapas: Análise Visual, Olfativa e Gustativa.
Degustação: Análise Visual do Vinho
Minha Taça: Tanagra Villard e Restaurante Casa Botha
Mais uma dica deliciosa nas redondezas de Santiago, dessa vez vamos falar do Restaurante Casa Botha que está em Casablanca – Chile. Uma região produtora de vinhos e obviamente a casa não poderia deixar de ter uma excelente barra com diversas garrafas de vinho.
Eu fui visitar as novas instalações da Villard, e no caminho paramos para almoçar a convite de Charlie. Eramos em três: Charlie Villard, Nicolàs Le Baux (Restaurante Baco) e eu. Cada um pediu um gnocchi diferente para podermos experimentar de todos e comemos de colher de tanta cremosidade!!! O vinho não poderia deixar de ser Villard, já vou falar dele!!!
Eu pedi o gnocchi com queijos já que o vinho escolhido era bem estruturado, o Charlie pediu o clássico a bolonhesa e o Nicolàs pediu ao pesto. O que achei? Divino! Voltarei com certeza!
O vinho? Ah!!! Charlie escolheu o seu vinho! O que produz com a máxima atenção e obviamente o que ocupa o mais alto degrau na vinícola, o Tanagra Villard. Aqui no Brasil você encontra na importadora Decanter ou nas lojas de seus representantes por todo o Brasil, como na Emporio Portofino aqui na Região dos Lagos – RJ.
O que posso falar do vinho? Tudo que um Syrah pode ter e um pouco mais! Em seu olfato já denuncia que é um Syrah com notas de especiarias bem marcantes e fruta madura, e na boca se confirma com mais estrutura, acidez dando bastante frescor e taninos que deixam claro que o vinho pode ficar bons anos ainda na garrafa.
Toda essa potência que encontramos no vinho, é o resultado de um trabalho diferenciado com as uvas. Charlie optou por um plantio em Gobelet – sistema de plantio muito utilizado em Beaujolais, Chateauneuf-du-Pape e no Rhone – e com a distância bem pequena – aproximadamente 1 metro entre as plantas – o que faz com que as plantas briguem entre si para ver quem conseguirá extrair mais água e todas as suas necessidades da terra. Sendo assim, crescem mais fortes e suas raízes mais profundas. Resultado? Uma uva com mais potencial.
Tirei algumas fotos do local, mas na verdade parecem todas iguais e quase não se percebe o cacho de uva, que está por baixo das folhas. Perguntei ao Charlie se não iria realizar a poda, e para minha surpresa me disse que sim, foi feito poda, e agora é tempo de fazer a amarração das folhas para cima e logo os cachos pegarem um pouco de sol nas últimas semanas de maturação.
E essa foi a dica de hoje. Um delicioso restaurante e um excelente vinho em um passeio por Casablanca.
Primitivo e seus Gnocchi! Vamos comer?
Comida italiana… Ah! Como eu amo! E quem não ama? Pois é, semana passada tive a oportunidade de conhecer o Primitivo, uma casa que serve a tradicional comida da “cantina italiana” com um toque mais gourmet criado pelas mãos do chef e proprietário da casa Mauro Vettori.
Já conhecia a casa por nome, mas ainda não tinha agarrado a oportunidade, ou melhor, levantado o garfo para experimentar os pratos do Primitivo – Búzios. Mas recebi um delicioso convite da Hypex Mídia para para uma degustação dirigida, e não recusei! Foi a noite do Gnocchi ou Noque, se você preferir em português.
O Primitivo é especializada em comida italiana. São massas de grão curto ou longo, pizzas e Gnocchi que se destacam no cardápio como os preferidos. O Chef Mauro Vettori rodou a Europa em busca de aprendizado, e sem dúvida seus mais de 20 anos vividos entre Londres e Itália fizeram desse chef um expert da boa comida italiana em terras brasileiras com direito a tradicional toalha xadrez e ao mesmo tempo com um toque inovador nos sabores.
E como um bom modelo de restaurante italiano, o Primitivo conta com uma adega bem recheada – leia-se aqui: mais de 200 rótulos de vinhos – e sem dúvida com o grande conhecimento de Mauro Vettori, que se mostra um apaixonado por vinhos. Uma pena que ainda não temos os vinhos da Decanter por lá, mas quem sabe um dia?!
Entre os diversos gnocchi da carta vou falar dos meus preferidos…
Gnocchi al Prosciutto di Parmade – preparado com gnocchi de cenoura e espinafre, creme de queijo de cabra, alho poró e lascas de presunto parma… Eu dispenso o presunto, como vocês sabem. Mas o queijo de cabra estava divino! Confesso que perdi a educação e raspei o prato! Ah… Mas na Itália usamos o pão para pegar o final do molho, porque aqui não?
O segundo que mais gostei foi o de Gnocchi Ai Tre Funghi, alguém aí tinha dúvida que esse estava na minha lista? Sou uma fã de cogumelos diversos, e um Pinot Noir harmoniza perfeitamente. Um clássico que faço em casa sempre! E para nossa surpresa Mauro Vettori nos ofereceu um Pinot de Casablanca no Chile – acabei de voltar de lá! Mas depois falamos dos vinhos, ok?! Voltamos ao prato, feito com 3 tipos de cogumelos e creme de leite fresco, e a massa era de batata doce! Divino! A textura da massa também era muito boa, e na proporção mais batata e menos farinha… O que infelizmente não se vê em muitas casas por aí. A batata doce deixou aquele toque mais delicado contrastando o peso dos cogumelos… Amei, mas fui educada e não raspei o prato.
E por ultimo fico com o Gnocchi que será lançamento no Festival Gastronomico – já comeu um Gnocchi de banana da terra com lâminas de amendôas e gorgognzola? Delicioso! Mas ainda está devendo na harmonização… Preciso encontrar algo que case bem! Com o Torrontés que tomamos junto ficou um pouco amargo na boca. O prato é delicado e tem um toque mais adocicado, sendo assim o vinho tem que acompanhar no mesmo estilo.
Depois dessa orgia gastronômica, é a e vez dos vinhos da noite…
A casa tem um rótulo personalizado pela Pizzato – vinícola brasileira. Um clássico Cabernet Sauvignon que está bem macio, e sim vai muito bem com a maioria dos pratos. Me impressionou pela qualidade realmente. Sem dúvida a escolha do Cabernet é por preferência da maioria dos clientes, mas acredito que um Merlot acompanharia muito melhor a maioria dos pratos da casa. Ou quem sabe, uma casa italiana poderia ter um Sangiovese? Fica a dica para o próximo vinho da casa!
Também provamos o Torrontés de Salta – Argentina, um bom vinho, sem dúvida percebemos pelos aromas as características clássicas dessa uva como flores brancas, lírios e frutado. Na boca macio, acidez boa e um final curto. Um vinho para uma noite de calor no verão, sem dúvida. E dentro do preço do vinho está interessante.
E por último experimentamos um Pinot Noir Cerafino, um produtor que está em Casablanca – Chile. Um bom vinho, aromas de frutas vermelhas, boca macia, e final médio. Não podemos colocá-lo como o top da região e nem dos Pinot Noir que já provei, mas sem dúvida acompanha muito bem os pratos da casa e sempre justo ao custo X benefício oferecido.
E a noite não terminou por aí! Vamos falar da sobremesa? Pois é, chocolate! Isso sim é uma tentação! Ah… Harmonizava com o Pinot Noir. Só uma coisa a declarar, imperdível! Estou falando do Terrine de Chocolate Amargo em redução de vinho tinto e frutas vermelhas.
Foram servidos muitos outros pratos nessa degustação dirigida, mas deixo você na curiosidade em ir a casa e conhecer esses pratos pessoalmente. Eu voltarei com certeza!
Primitivo: Rua das Pedras – Armação de Búzios
Tiramisú em Santiago
Comer e beber bem sempre é bom demais! Estive no Chile, quem me acompanha no Instagram já sabe porque andei postando fotinhos por lá e aproveitei para fazer um tour por alguns restaurantes em Santiago. As fotos não estão de boa qualidade, mas eu não levei minha câmera, e estava com amigos de passeio na cidade e não à trabalho. Sendo assim, teremos vários post com várias dicas e talvez poucas boas fotos!
Começamos com o clássico já comentado aqui no site em outros posts o Tiramisú. Que é uma casa de pizzas, saladas e outras delícias! Como foi no dia que cheguei na cidade, optei por um prato mais leve, ou seja, uma salada com camarões, e deliciosa! E apesar de não lembrar dos nomes dos pratos, coloco a foto de algumas opções da casa que pedimos na mesa. Eramos um grupo grande e pedimos dois vinhos da Villard, o Expresión Reserve Pinot Noir 2015 e o Syrah 2013. Eu sou fã dos vinhos da Villard, mas foram servidos fora da temperatura e as taças de vidro da casa não ajudam muito. Com tanta fama a casa, realmente poderiam melhorar as taças utilizadas para o serviço do vinho.
Para outros posts do Tiramisú confira aqui:
https:/2013/10/tiramisu/
https:/2013/11/voltamos-ao-querido-tiramisu/
A safra do vinho é tão importante assim?
A safra do vinho é sempre um assunto muito discutido no mundo do vinho. E também de muitas dúvidas, afinal, será realmente importante a safra?