Niedrist na Minha Taça!

Niedrist na Minha Taça!

E lá vem a minha casta preferida!!! Pinot Noir, ou melhor nesse caso podemos chamá-la de Pinot Nero, afinal estamos falando do vinho italiano Niedrist.

E esse Minha Taça é bem especial! A casta como já disse é a minha queridinha, sou realmente uma pessoa encantada pela delicadeza da Pinot Noir, e o vinho venho na mala na última viagem a Itália do Gianni, alguns meses atrás… Ele não é um expert em vinho, apenas gosta de beber bem, e pediu ajuda em uma loja em Roma para a escolha de um vinho, e a dica do vendedor foi Esse Niedrist Pinot Nero, disse que se realmente eu gostava de Pinot Noir esse vinho iria me surpreender! E ele estava certo!

O vinho apresenta as melhores características de uma boa Pinot, tem cerejas vermelhas e pretas, especiarias, um toque de licor na boca e rosas para completar. Os taninos estão bem agradáveis e acidez mediana na boca, um vinho que sem dúvida vai mais um tempo na garrafa, mas que já se mostrou perfeito depois de 3 anos da safra. Eu simplesmente amei e esse vai ter repeteco quando eu for a Itália! Aquele vinho que merece ter sempre uma garrafa na adega guardada para datas especiais. Infelizmente não achei para vender no Brasil, e não tenho noção de preço por aqui, mas quem for a Europa encontra por volta dos 40 euros, mas quem for na vinícola pode ter certeza que por menos de 30 euros compra!niedrist

Pesquisando um pouco mais sobre o vinho descobri que é um vinho bem apreciado, e a vínícola está entre as mais respeitadas na região, está bem próxima a cidade de Bolzano no sul. E  A safra 2010 por exemplo levou o segundo lugar no vinho tinto melhor do Alto Adige por críticos levando 92 pontos de 100.

Harmonizando:

Aqui eu fico com um clássico para mim, sempre que falo de Pinot Noir, me remete ao bosque e por isso, amo colocar cogumelos. Então sem dúvida a minha harmonização sería uma boa pasta italiana com cogumelos selvagens ou uma truta.

 

Produtor: Ignaz Niedrist Blauburgunder /  Vinho: Pinot Nero  / Região: Alto Adige, Trentino-Alto / Safra 2011

Merlot é TOP! Mas ninguém quer…

Se tem uma coisa que me intriga é a falta de valorização da Merlot por nossas terras! Trabalho há 17 anos com venda de vinhos, e sinceramente, é a casta – das badaladas – que menos vendo… Todo mundo quer saber da Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Carménère, Tempranillo… Mas a poderosa Merlot quase ninguém. E sim, podemos chamá-la de poderosa! É uma casta que faz tantos vinhos poderosos mundo afora que merece muito um destaque.

Uma uva que apresenta vinhos encorpados, taninos médios e taninos aveludados intenso, ameixa e amora. A Merlot é uma casta originária da França, e sua região é em Bordeaux, de preferência das denominações de Saint-Emilion Gran Cru AC e Pomerol AC. E sem dúvida um grande rótulo que faz fama no mundo todo é o Petrus, um vinho de Pomerol que leva em média 95% de Merlot. A Itália também produz grandes vinhos com a Merlot, principalmente se falarmos de Supertoscanos. E ainda no Velho Mundo, não podemos deixar de comentar de um grande produtor que é o Vega Secília – Duero – Espanha, que produz um rótulo – Valbuena –  com o corte Tempranillo, Merlot e Cabernet Sauvignon. E sem dúvida está entre os vinhos mais desejados do mundo.

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Mas se você quiser uma opção do Novo Mundo, escolha um chileno! Lá produzem tanto vinhos corriqueiros como grandes rótulos. Mas sem dúvida, a Austrália e os Estados Unidos também vão te oferecer grandes taças de Merlot! Ou seja, a dica é experimente todos! Um de cada país e descubra as características de cada região… Dos mais leves aos mais encorpados, dos cortes aos varietais… Um enorme mundo que devemos experimentar e fugir um pouco das uvas tão “badaladas”. Além disso considero uma excelente opção para oferecer para festas com muitas pessoas, não tão tânico como um Cabernet Sauvignon e capaz de agradar à todos.

HARMONIZAÇÃO:

Os vinhos mais leves harmonizam com alguns peixes gordurosos – atum e salmão – principalmente se forem feitos na grelha. Quem preferir outra carne, a Merlot vai bem com uma costela de porco no churrasco e pratos com massa, como um spaguetti com molho vermelho. Quando mais intenso o vinho uma comida mais pronunciada é a melhor opção. E aqui entra uma boa dica que é o umani, sabor que você encontra em cogumelos, frango assado e parmesão, e a uva Merlot vai muito bem!

 

Pinot Grigio ou Pinot Gris… Uma excelente escolha para o verão!

Existem dois nomes para essa casta, na Itália conhecida por Pinot Grigio, e na França por Pinot Gris. E claro, pelo mundo afora, cada produtor escolhe o nome que mais lhe convém, ou melhor, de acordo com a origem e estilo de vinhos que produz. Ou seja, alguns produtores seguem mais a cultura italiana e por isso optam pelo Pinot Grigio, já outros como é o caso do Estado do Oregon nos EUA, muitos produtores são de origem francesa, e por isso utilizam o nome Pinot Gris no rótulo.

O importante é você entender que se trata da mesma casta, e que pode ser uma excelente pedida para esse verão. Sabe porque? No geral são vinhos brancos secos, corpo médio para ligeiro. Nada de vinhos pesados ou muito alcoólicos. Aqui falamos de algo refrescante.

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FRANÇA:

Na França, a Pinot Gris é produzida muito na região da Alsácia, e podem ser mais encorpados que os italianos, mas também apresentam a sua versão quase secos, e que lembram frutas tropicais como a banana. Além de um toque especiado como o que vem do gengibre.

ITÁLIA:

Na Itália a Pinot Grigio é cultiva em quase todo o país, e você vai encontrar vinhos de corpo médio para ligeiro, frescos, acidez média e de fácil agrado. E aqui podemos destacar a região de Trentino- Alto Adige e Friuli_Venezia, que produzem vinhos com mais destaque, mais características marcantes e até mesmo mais maduro. Lembrando frutos secos como damasco e pêssego, além do mel.

PELO MUNDO:

Outro país que tem se destacado com a Pinto Gris é a a Nova Zelândia, que está produzindo em grande escala, as vezes em um estilo francês e outras no estilo italiano.

COMIDA:

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E essa foi a minha dica para o seu verão. Um vinho branco com uma casta que começa a ganhar espaço no mercado brasileiro. E vale a pena estrar na lista dos vinhos a serem degustados. Diferente das clássicas Chardonnay e Sauvignon Blanc, essa casta pode ser uma excelente pedida para bate papos e happy hours com os amigos sem compromisso.

MOVI e os vinhos do Chile

Tem dado o que falar esse MOVI! Eu estou vidrada em tudo que eles postam e na verdade com muita vontade de participar de uma das Catas deles! Você sabe do que estou falando? Vou explicar melhor! No Chile, um grupo de produtores de vinhos criaram um associação e se chama MOVI – Movimiento de Viñateros Independientes (Movimento dos Vinhedos Independentes), e juntos eles têm buscado mostrar ao mundo o que existe de melhor nos vinhos do Chile. Não é qualquer vinho para vender, são vinhos com terroir, características da terra, do mar, da geleiras e do deserto. São vinhos de enólogos com o que de melhor se pode produzir no Chile.

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Eles têm feito essas catas (feiras de vinhos) e já foram para Nova York colocar seus vinhos para degustação. Eu conheço um dos produtores, que é a Villard, nesse caso aqui o Charlie Villard, que trabalha com a Decanter Importadora, e eu já tive a oportunidade de está com ele diversas vezes para eventos e degustações. E sem dúvida os seus vinhos são bem elegantes e sem os excessos dos vinhos do Novo Mundo. Já falei do Pinot Noir dele AQUI uma vez.

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Tem um vídeo bem legal no youtube explicando o trabalho desse grupo e acho que vale a pena assistir!  Eu vou agora ficar de olho para acompanhar quando é que eles virão para nossas terrinhas, porque tenho certeza que a degustação será maravilhosa!

Quinta da Neve Rosé na Minha Taça!

E mais um vinho brasileiro que merece o Minha Taça vem hoje ilustrar o Las Chicas de la Xampi. Estamos falando do Vinho Brasileiro Quinta da Neve Rosé! Um vinho que postei há algumas semanas atrás no meu Instagram e no Facebook e foi um sucesso só!

Vamos por partes… Primeiro falamos da vinícola que está localizada em São Joaquim, a mais de 1200 metros de altitude, o que as uvas adoram! De dia têm muita luminosidade do sol, e a noite é fria o suficiente para elas descansarem e voltarem ao trabalho na manhã seguinte, além do solo pedregoso e bem drenado.

Agora vamos falar do vinho. O Quinta da Neve Rosé é aquele vinho perfeito para dias quentes, como esses que estamos passando no momento. Mas realmente o que impressiona é na hora que servimos a taça e percebemos uma coloração rosa tênue, me lembrou bastante os rosés de Provance, ou seja, delicados e com toques alaranjados escuros. No nariz revela flores, frutas vermelhas silvestres, e muito morango senti desde o início. E por fim na boca encontramos frescor, acidez muito boa, e até mesmo um toque de mineralidade, como se fosse produzido na beira do mar… Desce fácil e não é aquele rosé pesado. Realmente uma delícia e pede bis!

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Claro que já tinha tomado outras vezes, mas não havia escrito aqui no site, e por isso eu trouxe dessa vez.Tomamos esse vinho em uma noite em casa mesmo, servido com um bacalhau e batatas. Mas na cozinha tem uma variedade grande de opções de harmonizações, apesar de achar que sentada em uma cadeira olhando o mar e somente com pedacinho de queijo do lado ou um camarão eu passaria o dia todo feliz!

Diretrizes Enogastronômicas: Perfeito como aperitivo; Camarões salteados ao azeite, alho e flor de abobrinha; Dourado grelhado na brasa com ramos de funcho fresco; Pissaladière (típica “pizza” do sul da França elaborada com cebolas, azeitonas pretas, tomates maduros e filés de anchova); Carpaccio de atum com lascas de abacate; Para matar a sede defronte à praia ou na beira da piscina.

(Ficha técnica – Decanter Vinhos)

E essa foi a minha dica de hoje… Um vinho fresco e delicioso para o seu verão. Na beira da piscina, ou na praia ou em casa mesmo em uma noite quente, sem dúvida o Quinta da Neve é uma excelente escolha de vinho!