Sauvignon Blanc, Pouilly-Fumé ou Sancerre? Qual escolher?

Sauvignon Blanc, Pouilly-Fumé ou Sancerre? Qual escolher?

E vem a vez da querida Sauvignon Blanc aqui no Las Chicas de la Xampi! Já dei dicas de vinhos dessa casta, você pode conferir AQUI onde falo de um Chileno pra lá de bom, e AQUI quando comparo dois vinhos dessa casta, um Brasileiro e outro Argentino. Mas vamos voltar a esse post! Aqui vamos falar das “variedades” dessa casta.

A Sauvignon Blanc é originária da França, e é em Bordeaux que se destaca, mas não fica só por ali… E prova disso são os vinhos de Sancerre –  um Appellation d’Origine vinho francês Protégée (A.O.P., anteriormente Appellation d’Origine Contrôlée ou AOC) para vinhos produzidos na região de Sancerre na parte leste do vale do Loire. E também os Pouilly-Fumé –  Pouilly Fumé A.O.P – que está na posição oposta, na margem do lado direto do Loire.

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Eu estou na fase bem Sauvignon Blanc, depois de uma bom tempo sempre de olho na Chardonnay. Essa casta é mais fresca, e principalmente no Novo Mundo apresenta vinhos mais leves e perfeito para o clima do nosso verão. E já que estamos chegando no verão nada melhor do que entender um pouco mais para acertar na hora da compra.

Então qual escolher? Olha as dicas para você identificar qual é a melhor opção para o que você está buscando.

Sauvignon Blanc Novo Mundo

Aromas herbáceos, tropicais e boa persistência. E por isso vai muito bem com pratos de peixe e com vegetais. E aqui arriscamos um dos alimentos mais difíceis de harmonização, os aspargos. Esse ingrediente pode comprometer o seu vinho, por isso, arrisque os aspargos com creme holandês servido de um bom Sauvginon Blanc do Novo Mundo. O segredo fica na cremosidade do prato que pode ser cortada pelo frescor do vinho dessa casta.

Pouilly- Fumé

Esse é um vinho que apresenta características mais fortes. Aqui encontramos palavras como defumado, refrescante e concentrado para explicar melhor o Pouilly- Fumé. E na cozinha, não podemos fugir muito dos frutos do mar, peixes e crustáceos… Então que tal uma receita como salmão defumado, ou indo além do mar e arriscar umm patê de fígado de galinha como pequenos canapés ou massa folheada? E por último a famosa lagosta com molho de manteiga e limão vai muito bem, obrigada!

Sancerre

Dedicamos ao Sancerre jovem e fresco, que apresenta uma acidez bem marcante. E aí ficamos nos canapés, e famosas tapas espanholas como a lula grelhada e tortilhas. E também podemos colocar um queijo de cabra para harmonizar. Por ultimo, se a ideia é servir um jantar, que tal colocar um bom peixe tipo salmão com mostarda?

 

Beaujolais Nouveau e suas histórias…

Se tem um vinho que já causou muito polemica podemos dizer que é o Beaujolais Nouveau.

Esse francezinho que é produzido tão rápido e colocado no mercado mais rápido ainda foi uma louca sensação anos atrás! Lembro de ver garrafas serem vendidas por preços pra lá de exorbitantes. Hoje, alguns anos depois, percebo que já baixou bem essa loucura pelo tal Beaujolais Nouveau, afinal já não escuto tanto a pergunta: Você tem Beaujolais Nouveau? Mesmo em meses nada normais para essa pergunta! Já explico essa de meses nada normais…

E porque falar do Beaujolais? Porque estamos em Dezembro!!! A safra 2014 já está no mercado, e para minha infelicidade fui verificar umas lojas próximas a minha casa, e encontrei essa garrafa aí na adega. Até postei no instagram AQUI. Mas ela não deveria está lá! Sabe porque? Continue lendo e logo você vai entender…

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Esse vinho é produzido logo após a colheita na Europa, que normalmente é realizada entre setembro e outubro, e logo colocado no mercado na terceira 5ª feira de Novembro do mesmo ano da colheita. A uva é a Gamay, que já conhecemos por outros Beaujolais… Sem ficar muito técnica no assunto, o método de produção é a maceração carbônica, que é um processo no qual não se rompe a casca da uva e se utiliza dióxido de carbono, que exatamente o que acontece na maceração tradicional. O resultado é um vinho fresco, frutado e de baixos taninos.

A História:

Diz a lenda que o vinho era uma espécie de vinho cult nos bistrôs franceses, bares e cafés ao redor Beaujolais e Lyons, produzido pelos produtores locais e entregue em barris. Na década de 1960, Nouveau foi engarrafado e comercializado fora da França, pela primeira vez.

O sabor:

Dizem que cada é diferente. Eu realmente tenho poucas experiências quando a degustações desse vinho. Mas podemos generalizar como um vinho que lembra suco de uva, leve e fresco. Não pense em grandes análises e fichas técnicas recheadas de informações porque esse vinho não vai te proporcionar isso. Mas acompanha muito bem momentos sem compromisso como festas animadas, piscina e um filme na televisão. 

Quando tomar:

E com todas essas características de um vinho tão leve, fresco e taninos baixos, o seu tempo de vida é curto. Podemos dizer que é quase uma validade? Podemos dizer que você comprou hoje e deve consumi-lo nas próximas semanas? Sim é isso mesmo! E porque?  Devido à forma como ele é feito – por maceração carbônica – o Nouveau quase não tem taninos, e taninos são um dos principais conservantes de vinho tinto. Sem conservante natural, os sabores de frutas frescas que você saboreia em Beaujolais Nouveau em novembro vai desaparecer em alguns meses. E é exatamente quando os “verdadeiros” Beaujolais estão sendo liberados a venda no mercado. Então encaramos o Nouveau como uma prévia do que virá nos Villages e crus de Beaujolais, como Morgon, Moulin-a-Vent, e Julienas.

Quando comprar:

Beaujolais Nouveau é lançado mundialmente na terceira quinta-feira de novembro de cada ano (20 de novembro em 2014) e você pode ir a lojas especializadas, mas muitas já deixaram de trabalhar com esse vinho devido a sua “validade”. E por isso recomendo fazer encomenda antecipada, que é mais seguro conseguir o vinho.  E não se aventure a comprar promoções alguns bons meses depois porque com certeza o vinho não estará legal.

Entendeu agora a foto? Olha a safra na garrafa! Foi a 2013, ou seja, um ano atrás… E na verdade o lugar desse vinho deveria está preenchida com a safra 2014 que acaba de sair!

E é isso! Um pouco de conhecimento sobre um dos vinhos mais comentados no mundo. Agora cabe a você degustá-lo e concluir se vale ou não a pena!

 

Podcast Ep.10 Champagne

E hoje nós vamos falar do Champagne! O espumante mais famoso e desejado do mundo! Você sabe o que é um Champagne? Sabe como deve ser produzido? A legislação, uvas e terras permitidas? E ainda temos a harmonização para que tudo seja perfeito na hora da escolha do seu Champagne.  Aperte o PLAY e aprenda um pouco mais sobre o Champagne! São 10 minutos de conhecimento que pode fazer a diferença na escolha do seu para as festas do final de ano!

Aperte o PLAY e escute!

champagne podcast2E se você curtiu esse Podcast que tal acessar o nosso canal do YOUTUBE e aprender um pouco mais? Clique AQUI e aprenda um pouco mais sobre como é produzido os espumantes!

Cabernet Sauvignon é a casta de hoje!

Ela é a rainha das castas tintas e chamamos de Cabernet Sauvignon!

Muito viajada essa uva, es adaptou em diversos países além do seu originário que é a França onde normalmente é cultivada em Bordeaux e faz um corte com a Merlot e Cabernet Franc em muitos dos seus vinhos, mas no Novo Mundo gostam mais de produzi-la sozinha, ou seja, um vinho mono varietal.

A Cabernet Sauvignon possui taninos bem marcantes, cor profunda e boa acidez, sem esquecer dos aromas intensos. E os sabores mais clássicos dessa casta incluem frutas pretas (blue/black berries), notas herbáceas, pimentão e menta… E nos vinhos que passam por estágio em madeira, também encontramos baunilha, café, cedro e fumo.

O rótulo da Cabernet Sauvignon

Normalmente se o vinho é do Novo Mundo você vai encontrar no rótulo o seu nome, e sem dúvida ajuda muito. Mas se for um francezinho, talvez você não tenha a casta no rótulo. Então, para ajudar a identificar um pouco mais fácil, devemos lembrar que Bordeaux é a terra da Cabernet Sauvignon, e a Margem Esquerda do rio de Garonne estão as sub-regiões de Graves, Médoc e Haut-Médoc, onde a Cabernet Sauvignon é a casta dominante.rotulos cabernet sauvignon

Então é isso… Esse é o básico da rainha das uvas tintas e sem dúvida você que gosta de vinho um dia já provou! Se não, aproveite as dicas para escolher o seu vinho hoje!

Tierras Moradas na Minha Taça!

 

E hoje o vinho do Minha Taça é o Tierras Moradas Carménère!

Aquele vinho com uma garrafa oponente, rótulo bem descrito e sem dúvida muito por se esperar ao abri-lo! A safra foi 2007 e comprei tem mais de um ano, e sem dúvida poderia ficar algum tempo mais na minha adega. Mas optamos por tomá-lo uma noite dessas em casa…

O vinho:

O vinho Tierras Moradas deixa seus aromas bem perceptíveis ao servi-lo na taça. Antes de falar do bouquet do vinho, a cor desse vinho é importante comentar, afinal já são 8 anos de vinho na garrafa. A cor ainda apresenta tons violáceos e bem escuro, ou seja, já deixa claro que bons anos pela frente ainda era possível para o Tierras Moradas Carménère 2007! Logo o bouquet mostra aromas de frutas escuras, como amoras e sem dúvida sinto pimenta e outras especiarias… E por fim chega a hora de degustar! E na boca surpreende! Positivamente no meu caso, já explico o motivo. O vinho de casta 100% carménère  apresenta taninos medianos, apesar da cor na taça, e a acidez essa sim é bem perceptível, mas o vinho está macio e mesmo com a acidez mais alta que os taninos. (O que não é um problema, ok?! milhares de vinhos italianos estão nessa listinha como os deliciosos Barolos).Voltando ao “boca surpreende positivamente” é porque nem todo mundo espera um vinho com a acidez mais marcante que os taninos quando abre uma garrafa de vinho do novo mundo. Entendeu?!

Harmonizando:

Um vinho suculento, com boca cheia e pede uma boa refeição. Arriscaria uma boa massa com molho vermelho, e acho leve demais para uma carne de panela… Mas lembrei logo do frango de padaria com aquela farofinha!!!! Pode ser? Complemente ainda com uma boa salada de batatas e cenouras com maionese! Pode está certo que a acidez do vinho vai ser de excelente ajuda com a gordura do frango e da maionese!

tierrasmoradas01E no final minha conclusão é que o vinho é exatamente um novo jeito de se produzir vinhos no Novo Mundo. Sem excessos de madeira, e simplesmente mostrando a fruta que vem do vinho. Gostei bastante! E indico para quem quiser descobrir uma Carménère mais autêntica.