Harmonizando Camarões VG

Harmonizando Camarões VG

Vamos falar de harmonização! Fomos ao Delirio’s, que falamos recentemente da inauguração. Só de olhar as fotos já quero voltar e comer de novo! Acho que foi um dos melhores pratos que comi nos últimos tempos…   Os camarões estavam perfeitos! Macios e suculentos, difícil esse ponto de cozimento! Para acompanhar quinoa com pimenta biquinho… Que perfume e que delícia!!! Um toque de acidez e caiu perfeito com o vinho, não é picante! Dessa vez eu escolhi o De Martino Reserva Estate Chardonnay 2011. Achei que casou muito! O chardonnay leva carvalho, e os camarões foram grelhados e passado em manteiga com ervas, o que deixa o prato mais pesado por si só e aí casa melhor com vinhos brancos mais estruturados.

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Em harmonizações é preciso sempre lembrar do peso do prato não só do ingrediente principal, mas também os molhos e como são preparados. Um peixe grelhado não é o mesmo que um peixe com azeite de dendê e tomate… E sem dúvida é preciso saber qual vinho escolher para a balança ficar equilibrada!

Depois de sobremesa, pense em uma delícia dos deuses? É isso! uma base de biscoito triturado com castanhas, logo morangos flambados no Contreau e sorvete. O contraste do quente com frio, a doçura do prato com o azedinho do morango e o toque das castanhas foi perfeito! Vou repetir muito essa sobremesa por lá!!!

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Quem quiser conhecer o Restaurante anote o endereço:

Restaurante Delirio`s – Av. dos Marimbás, 45 -Ogiva – Cabo Frio

Albino Armani na Minha Taça!

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O tempo esfriou um pouco, mas vou falar de branco mesmo assim!!! Escolhi um italiano para hoje, e faz um certo tempo que busco espaço para degustá-lo e publicá-lo! Vamos falar do Albino Armani Pinot Grigio. Achei inicialmente o vinho bem frutado. Lembrei da banana inicialmente, logo maça e frutas brancas. Percebemos pêssego fresco depois de provar, logo surgiram flores brancas e um leve toque  mineral, talvez pela falta de carvalho. A acidez é bem equilibrada, e nada agressiva. Um vinho realmente de aromas e boca bem interessante e foge bastante do que estamos acostumados a tomar do novo mundo. Posso dizer que um branco realmente delicioso e voltarei a tomar muitas taças desse vinho! E o preço também é interessante.

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Na cozinha, sem dúvida, pede pratos leves e a base de frutos do mar, sempre com muito azeite e frescor do limão, tomate e ervas no preparo.

Vamos lembrar que a Pinot Grigio, é uma casta italiana que tem crescido bastante nos últimos anos… Nas terras de lá já é bem conhecido e apreciado, mas o brasileiro está descobrindo aos poucos… E tem agradado muito! Indico à todos que experimentem e saiam do clássico Chardonnay e Sauvignon Blanc. Sem dúvida essa é uma uva que tem seus valores e combina bastante com o clima brasileiro!!!

VINHO: ALBINO ARMANI VIGNETO CORVARA/ CASTAS: PINOT GRIGIO / SAFRA: 2012 / REGIÃO: VENETO / PAÍS: ITÁLIA / IMPORTADORA:DECANTER

Consórcio de Brunello cria novas normas!

E vem normas novas para os italianos! O Consórcio de Brunello di Montalcino busca soluções para driblar as fraudes, principalmente a mais recente. Serão mais protegidos no passo a passo, ou seja, rastreados os vinhos.

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Os produtores deverão que notificar, pelo menos com 2 dias de antecedência, a transferência para os comerciantes tanto de uvas, vinho novo ou ainda durante o envelhecimento para se tornar um Brunello di Montalcino Rosso. Também sofrerá mudanças no plantio, aumentando a densidade de plantas que passou de 3.000 a 4.000 por hectare para novas plantas ou replantio. Além disso a irrigação de emergência até então proibida ganha espaço, assim como a possibilidade de cortes para Brunellos, entre todos os vintages em suas adegas, com porcentagens controladas.

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http://www.consorziobrunellodimontalcino.it/

A taça faz diferença?

E aí? Você é daquelas pessoas que se não tiver a taça certa para o vinho faz logo bico?! Eu não!copita vino

Vou confessar que sim, a taça faz diferença! O formato ou o material deixam que os aromas sejam mais perceptíveis, e que as características visuais também sejam maiores… Mas nem todo lugar é possível ter a taça certa, talvez você esteja no meio de uma viagem e quer tomar um vinho no meio da praça, o que fazer? Ou mesmo culturalmente as pessoas não levam tão a sério esse papo… E estamos falando de pessoas que cresceram no meio da produção de vinhos, que fazem vinhos badalados ou somente para consumo da família.

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Vou contar “casos” para explicar melhor! Meu esposo é italiano, e sua família toda é de lá. Eles produzem vinhos para consumo próprio ou vender apenas pela vinzinhaça. E sabe que nunca tomei um vinho em taça de cristal por aquelas terras?  Tomamos nesses copinhos (foto 01), os típicos copos de cafezinho ou cachaça! Somente nos bares de vinhos posso me dar ao luxo de ter uma taça quando vou de férias visitar a família.

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Na foto de cima estamos em Abruzzo, na casa da montanha… Uma boa pasta, queijo e vinho no copo! E na foto abaixo, estamos no apartamento de Roma petiscando um bom queijo antes do jantar… Mais uma vez nosso copinho de vinho! Já até melhorou, viu?! Não é copo de cachaça! rsrsrrs

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Outro caso, em recente visita a um renomeado produtor de vinhos, me deparei com essa cena aí da foto (abaixo)! Bem tentei tirar uma foto melhor, mas tremeu e achei demais ficar tentando tirar diversas fotos para registrar o copo no qual estava degustando vinhos… Ok, ele colocou taças aos seus convidados e até brindou com uma taça, mas disfarçadamente ele voltava para o seu copinho para pequenos goles. Parece que a pessoa volta as suas origens, e consegue entender melhor os vinhos, afinal vem lá de trás esses hábitos. Simples e misterioso no meu ponto de vista. Ah… Não vou contar quem ele é, mas quem segue o site vai lembrar quem foi o produtor com quem estive nas últimas semanas… Mas posso dizer que nasceu e cresceu no meio de vinhedos, e faz vinhos renomeados.

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Voltando há 6 anos atrás, eu professora universitária fui a uma festa de alunos queridos. E cada um levava sua bebida, eu levei meu vinho e sabia que não haveriam taças no local. Mas quem sou eu para exigir tal luxo ou mesmo chegar com uma taça em uma bolsa? Achei demais essa posição, e mesmo tendo alunos que insistiam em procurar uma taça eu terminei tomando meu vinho em um copo plástico. Claro, não levei nenhum grande rótulo, apenas um vinho mediano e preço amigo. Ando conforme o rítmo do local.

Eu tenho isso, sabe?! Aprecio uma boa mesa posta, boa taça de vinho, mas encaro qualquer mesa e copo para entrar no clima… E tudo com o propósito de não ser arrogante ou diminuir uma pessoa em um local. E volto a afirmar que sim, a taça faz a diferença! E são indispensáveis na minha casa. Mas não vou morrer se não tiver uma boa taça, ou melhor, não deixarei de tomar um vinho e curtir o momento se a opção é em um copo e fugindo de todas as regrinhas do mundo do vinho! O que não dá é para ser chato e deixar de curtir o momento!

Só de olhar a foto abaixo percebemos o excelente momento que essas daí estão tendo na Itália!!! E realmente o copo aí é apenas um detalhe! Peguei a foto na internet e acho que representa bem o que estou tentando passar nesse post!

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E você? Se rende a um copo? Ou só se tiver a taça certa? Seja lá qual for a sua resposta, só cuidado para não ser um chato do grupo!

Minha Taça com um Toscano de peso!

Minha Taça hoje é especial… Um daqueles vinhos que além de deliciosos tem muita história dentro da garrafa. Essa família produtora de vinhos está nos livros, e sempre fará parte da mudança dos vinhos do mundo… Inovadores, empreendedores, tradicionais e até mesmo loucos são adjetivos que modemos chamá-los.

Em uma tarde informal, tive a oportunidade de conhecer o segundo rótulo da Tenuta San Guido, que faz o famoso Sassicaia, falei dele aqui! Fui ali visitar o “meus vizinhos de quintal” e passamos uma tarde maravilhosa. O vinho de hoje que se chama Guidalberto, o nome do seu tataravô. Fui servida pelo próprio Marqués Nicolò de seu vinho, tá bom? Não é pouco não! E tá aí o tal terroir que eu falo… O vinho ganha mais expressão, aromas, boca quando escutamos quem produziu falar com orgulho de seus vinhos.

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Vamos falar do vinho…
Tem um corte nada italiano, 60% cabernet sauvignon e 40% merlot, assim como os outros vinhos da vinícola, que fogem das regras impostas pelas legislações. Mesmo assim, o vinho carrega o IGT da Toscana.

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O que posso falar desse vinho? Um vinho com carvalho presente, mas sem exageros. O vinho passou um estágio em barricas francesas novas, e americanas de terceiro uso. Depois um estágio na garrafa até ser comercializado.
Traz frutas vermelhas e um pouco de compota no nariz, e quando colocado na boca é bem marcante… Um vinho para ser admirado, apreciado e pausadamente comentado. Mesmo sendo um cabernet, é tranquilo, taninos presentes, mas nada adstrigente, sem dúvida a Merlot “quebra” os excessos da Cabernet. Um vinho pronto e que pode também ficar mais uma temporada na garrafa.

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E depois do sucesso do Sassicaia porque criar um vinho mais simples?

“O nascimento deste segundo vinho passou por pelo menos três razões: O desejo de nos testar com uma uva que nunca usou, Merlot, um desejo de oferecer ao consumidor um produto que pode ser apreciado mais jovem e, finalmente, a oportunidade para selecionar as uvas para o nosso Sassicaia “

E esse foi o Minha Taça de hoje!

VINHO: GUIDALBERTO / SAFRA: 2010 / CASTAS: CABERNET E MERLOT / REGIÃO: TOSCANA / PAÍS: ITÁLIA / IMPORTADORA: RAVIN