Eu fui no Búzios WKD Gourmet!

Eu fui no Búzios WKD Gourmet!

Vocês lembram que postei aqui no site que ia acontecer o Búzios Weekend Gourmet? Pois é! Eu fui e trouxe algumas fotos para vocês conhecerem o evento!!!

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O evento ocorreu na Pousada Pedra da Laguna, que faz parte do grupo Roteiro do Charme, ou seja, uma pousada pra lá de charmosa, elegante e romântica! A diretoria da HYPEX Mídia Aline Santana foi a organizadora do evento, e quem me conhece sabe que não perco um evento promovido por ela…  A estrela do WEEKEND foi o chef Eloi Moreira Moreira, quem não conhece vai logo conhecê-lo!!! Foi eleito pela Veja Comer e Beber BH 2014 como a melhor Cozinha Contemporânea.

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O primeiro dia foi uma degustação de cerveja Therezópolis, no qual tive a oportunidade de conversar bastante com o Fabrício/Fábio, já o conheço há anos e ainda troco o nome dele, sobre a produção e o trabalho que eles têm feito em toda a região. Estão de parabéns, apesar de eu não ser degustadora de cervejas…

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O Chef Eloi Moreira ofereceu comidas de botequim, em porções finger foods, e todas estavam espetacular! Fico com o purê de batata barôa e funghi como a preferida! Queria comer 3 ou 4 porções.  Teve paella, Moranda recheada com gorgonzola e outras delícias… Recomendo demais provarem seus petiscos!!!

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No segundo dia, o plano foi um Jantar Harmonizado da vinícola nacional Casa Perini com os pratos do Chef Eloi. Muita gente bonita, ambiente lotado!!! Como o serviço foi em Buffet, a harmonização não foi realizada prato a prato, e os vinhos foram servidos na mesa. Assim cada um escolhia entre branco ou tinto conforme o prato que pegou no Buffet.

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O que eu achei? Posso ser sincera? Os vinhos estão muito “maquiados”! Pronto falei! Amo nossos produtos nacionais, mas precisamos ser mais sinceros e honesto no que servir! O buffet estava bom, mas acredito que a qualidade que tivemos no primeiro dia se perdeu um pouco por não ser serviço a francesa ou empratado, fica a dica para o próximo ano!

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No geral o evento foi um sucesso! Lotado de gente bonita, comidinhas, bebidinhas em um local maravilhoso. Mais o quê precisamos nessa vida?

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A decoração feita pela querida Camila Gomes, que faz cada coisa mais linda que a outra, e nesses dias do evento nem tive tempo de conversar direito, mas deixo o link da página do facebook dela para quem quiser saber mais sobre DECOR!!! CLIQUE AQUI!

Foi isso e espero que tenham gostado! Próximo ano deve ter mais… E estaremos lá para cobrir mais um evento da cidade litorânea que mais movimenta gente bonita!

Ferrari na Minha Taça!

Vamos falar da Ferrari hoje… Não o carro, mas o espumante que é quase uma máquina de tão potente! Já degustou?

Ferrari é o meu espumante preferido… E posso apostar que bate muito Champagne por aí… Pena que ainda damos muito valor a nomes e marketing e nos deixamos levar por nomes baladados e que estão em todas as festinhas. Upis, voltamos ao Minha Taça!

Quarta-feira passada fui ao Vila D’Este Boutique Hotel em Búzios, e na companhia de alguns jornalistas jantamos no EGEO, que é o restaurante no Hotel, que por sinal é uma delícia, mas deixo para outro post esse assunto. Em homenagem ao grupo ofereci uma garrafa de Ferrari Rosé para brindar a passagem deles pela cidade, e curtirmos uma noite excelente.

O Minha Taça de hoje, foi Nossa Taça! E como foi apreciada!!!!

O Ferrari apresenta uma coloração bem clara, perlages bem finas, e um bouquet tão intenso que se sente longe… Pão tostado, frutas como cerejas e amêndoas ao mesmo tempo. Mas o impressionante é mesmo como se percebe o fermento, daí o pão… O espumante passou 24 meses em contato com as lias na garrafa e o resultado não poderia ser diferente, uma máquina na boca. As castas escolhidas para a produção no caso desse rosé são a Pinot Noir e a Chardonnay, que foram vinificadas separadamente, depois o assemblage ocorreu para que a segunda fermentação na garrafa acontecesse.

 

O Ferrari vai bem do carpaccio de salmão ao risotto de frutos do mar, e passando por comidas condimentadas com páprica. Tá bom pra você?!

É um espumante preparado pelo método tradicional, que leva o nome do fundador da casa Gulio Ferrari. Não pensem que é por causa dos carros.. .Rsrsrs… E ta aí o resultado! Consumido por bons apreciadores no mundo todo, oespumante Ferrari é apreciado pelas estrelas de Hollywood na premiação do Oscar! Se você precisava de uma forcinha das celebridades para se aventurar, agora já tem!

E foi essa a Minha Taça!

ESPUMANTE FERRARI / CASTAS: PINOT NOIR E CHARDONNAY / NÃO SAFRADO / PAÍS: ITÁLIA / IMPORTADOR: DECANTER

Alentejo por Julio Bastos em nossas terras!

Lemos  muitos livros, tomamos muitos vinhos e assistimos muitas palestras e cursos, mas nada se compara ao viver o momento e aprender com quem fez a história. E foi assim que ontem passei a noite. Não fui a Portugal, mas recebemos por aqui, mais um produtor portugues! Julio Bastos da Dona Maria nos eu a honra de vim a Cabo Frio e realizar uma palestra para 80 pessoas promovida pela Emporio Portofino.

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Em um papo lado a lado enquanto tomávamos mais uma taça de um de seus vinhos, eu perguntei ao Júlio sobre DOC, castas e mais curiosidades do Alentejo. E foi aí que surgiu a história…

A primeira foi se não existia DOC para a sub-região Entremoz – Alentejo, e a resposta foi que agora sim, que tudo está mudando.  Júlio disse que a DOC foi criado há muitos anos atrás, que escolheram em cima de grandes cooperativas e não nos melhores produtores, e por isso se vêem tantos bons produtores sem DOC. Atualmente estão em fase de transição e alguns vinhos de outros produtores começaram a usar o título de DOC, é o caso do Dona Maria.

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Outro ponto de muita curiosidade minha sobre seus vinhos foi o porquê somente trabalha com a Casta Petit Verdot das castas não autocognas tendo Cabernet e mesmo a Syrah tão bem aceitas na região. E me respondeu que essas castas somente para cortes, e gosta mesmo é de preparar os vinhos mais característicos da região, que a tradição faz a diferença, talvez seja daí que carrega tantas pontuações com o crítico Parker, revistas e até mesmo o título e Produtor do Ano em 2009. E como manter esse terroir tão sincero, tão honesto a suas raízes, é exatamente por “elas” que ele começa o trabalho! Julio tem uma das poucas vinícolas que não têm irrigação. As raízes são obrigadas ir terra abaixo em busca de forças para sobreviver, e é assim que sustenta o terroir da região.

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A história…

Diz que a Quinta  de Dona Maria foi um presente do Rei João V a uma de suas amantes por quem estava loucamente apaixonado, e é esse nome que inspira e marca Julio Bastos no comando da vinícola para atingir um mercado nacional e internacional quando se torna proprietário da vinícola. Júlio não parou por aí… Foram sociedades e divisões que incluem o poderoso nome Baron de Rothschild (Latife), e por fim a compra de vinhas com mais de 40 anos para chegar hoje a produzir vinhos premiados, renomeados e ganhar o título de Produtor do Ano da Revita Vinhos.

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Degustando os seus vinhos…

O primeiro vinho da noite foi o branco Dona Maria 2010, um vinho com castas portuguesas, que impressionou a todos no primeiro gole. Fresco e mineral, frutas cítricas e aroma rico. Um vinho equilibrado na boca e final marcante. Arrematou 16 em 20 pontos na Revista de Vinhos. (VINHO: DONA MARIA VR ALENTEJANO / SAFRA: 2012 / CASTAS: ARINTO, ANTÃOVAZ E VIOSINHO)

O segundo vinho da noite foi o Dona Maria Tinto, que leva um corte interessante. Aroma rico, na boca cerejas vermelhas, taninos redondos, boa estrutura que sem dúvida carrega nos anos pela frente. Passou por carvalho francês e percebemos pela elegância e os aromas impactantes, mas também passou uma pequena porcentagem na barrica americana, e talvez seja daí que perceemos a maciez. (VINHO: DONA MARIA TINTO VR ALENTEJANO / SAFRA: 2010 / CASTAS: ARAGONÊS 50%, CABERNET SAUVIGNON 20%, ALICANTE BOUSCHET 15% E SYRAH 15% )

O terceiro vinho foi o querido Dona Maria Petit Verdot, que foi delicioso conhecê-lo! Um vinho que ao abrir a garrafa impressionou! Exalava seu bouquet longe… Flores e frutas. Encorpado, cheio na boca e taninos bem marcantes. Levou 12 meses em barricas novas francesas e ta aí o porquê desse poder todo no bouquet. E sempre é premiado…  WINE ENTHUSIAST: 90 Pontos, REVISTA DE VINHOS: 17,5 em 20 e por JOÃO PAULO MARTINS 2011: 16,5 em 20. Tá bom pra você? Já te convenci que esse tem que entrar na próxima listinha de compras? (DONA MARIA PETIT VERDOTVR ALENTEJANO / SAFRA: 2009 /CASTA: PETIT VERDOT)

E encerramos a noite com o Dona Maria Reserva, um vinho que pede que a garrafa seja aberta bem antes de degustá-lo. Um vinho que pede temperatura entre 18 e 19 graus, o que considero quente para muitos vinhos. Mas se assim dita a regra o enólogo e proprietário Julio Bastos, quem sou eu para dizer que não? Esse vinho aprenseta aromas de frutas concentradas, cor ruby escuro, menta e especiarias. Na boca taninos firmes, mas arrendodados. Um vinho que pede uma boa refeição! Foi fermentado em larges de mármore, usando o tradiconal “pisa de uva”. Gostou? Amei!  Falando de premiações esse levou  18 em 20 – “Prêmio de Excelência 2009” – Revista de Vinhos. (VINHO: DONA MARIA RESERVA VR ALENTEJANO / SAFRA: 2008 / CASTAS: ALICANTE BOUSCHET 50%, PETIT VERDIT E SYRAH)

O evento foi uma delícia e vários a amigos participaram.

E foi assim a nossa noite com Dona Maria, ou melhor Júlio Bastos com seus vinhos Dona Maria por nossas terras! Agradecemos a sua visita e esperamos muitas outras vezes!!! Quem foi adorou, e quem não foi perdeu!

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Seu Hélio – proprietário da Emporio Portofino, Júlio Bastos e Dê – chef resposnável pelo menu da noite.

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Amigas… Em todas!

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Minhas taças e eu. Foram mais de 300 no total! E foram 48 provas de garrafas para um serviço perfeito!

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Terranoble Gran Reserva na Minha Taça

 

Vamos falar de um clássico! Daqueles vinhos que passam anos e anos e continua no TOPO para degustar! O Minha Taça de hoje é com o Terranoble Gran Reserva Merlot, vinho que já conheço há anos… A vinícola ocupa hoje um total de 360ha entre Maule, Colchagua e Casablanca e tem apenas 20 anos de existência, e mesmo assim já foi indicada pelo Guia Descorchados diversas vezes por seus vinhos. O enólogo é o querido Ignacio Conca, com quem já tive a oportunidade de viajar e provar muitos vinhos juntos, um expert, e consegui adquirir bastante conhecimento ao seu lado. Voltamos ao vinho…

Tomei esse vinho tem alguns dias, ou semanas… Abrimos em um almoço de domingo. E lá estava ele, um vinho bem denso, coloração violáceo que ainda demonstrava ter anos pelo frente. E no aroma bastante cerejas, frutas escuras como as famosas berries e pimenta. Na boca o tanino ainda marcante, bem persistente e impactante. E pude confirmar na boca que sim, os taninos ainda davam bons longos anos pela frente, mas nada muito agradável para ser degustado mesmo agora. Um vinho com 12 meses em carvalho francês novo, o que deixa o vinho com um bouquet mais elegante e aromático para frutas e flores. Na realidade leva o nome da Merlot como se fosse um vinho mono varietal, mas leva um pequeno corte com 8% Cabernet Sauvignon, 7% Carménère. Para os que não sabem, no Chile se utiliza colocar o nome de apenas a casta principal se essa representa 75% do volume total, ou seja, as demais ficam “escondidas” nas fichas técnicas ou contra rótulos.terranoblemerlot

O que esse vinho pede? Hummm…. Diz a lenda, brincadeira!!! Diz a ficha técnica que uma boa carne vermelha como um Entrecôte ao molho reduzido de vinho tinto é uma boa pedida. E até mesmo um porco a pururuca! Lembrem-se disso minerada!!! Olha o vinho aí!!! Eu não como carne vermelha, então fiquei na minha humilde taça com petiscos antes do almoço, e só me aventurei em um patê de avestruz que trouxe do Chile na última viagem… Tá bom? Tava ótimo!!! Pode colocar essa delícia na sua listinha de compra!!! Tirei foto da latinha para vocês anotarem!!! Super leve e saboroso. Todos gostaram!

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VINHO: TERRANOBLE GRAN RESERVA / CASTA: MERLOT / SAFRA: 2009 / PRODUTOR: TERRANOBLE / PAÍS: CHILE /  IMPORTADOR: DECANTER

Chocolate e Vinhos…

Se tem um alimento que todo mundo sente dificuldade em harmonizar, pode apostar que é o chocolate. Por muitos anos até mesmo costumávamos falar que se limitava a sobremesa com Vinho do Porto. Mas hoje “crescemos” e abrimos mais nossa cabeça e achamos algumas harmonizações interessantes e possíveis… Vamos lá?

O primeiro vinho que vamos harmonizar é o queridinho francês Banyuls, que é um vinho fortificado e doce. Não só pela doçura harmoniza, como as pessoas costuma associar, mas sim pela untuosidade do vinho, aromas complexos e sem dúvida persistência na boca. Tente com as sobremesa com chocolate e cremosas e bem amargos.

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O segundo vinho também um fortificado é o nosso querido Vinho do Porto. Esse já é bem batido na harmonização, e indico o Tawny para chocolates mais cremosos, como o praliné. E deixo o Ruby para os mais amargos e ácidos. Um Vintage vai bem com uma sobremesa bem rica em chocolate.
Um vinho que já experimentei e harmoniza bem, é o fortificado francês de Maury, podemos citar que na ficha técnica do Paul Mas de Maury indicam Gâteau de chocolat et poire avec sauce aux Morile (Pequeno bolo de chocolate e pêra, servida com redução de vinho Montilla-Moriles)

Existem chefs e autores de livros de gastronomia que ainda indicam um bom Cabernet Sauvignon com chocolate amargo e meio amargo, é o caso do Chef Dornenburg e Page – autores do livro What to drink with what you eat. Será? Muitos profissionais discordam!

“The idea that red wine and chocolate go together disturbs me. I don’t think it works. Port or Banyuls or another fortified wine, yes; Cabernet Sauvignon, no. Banyuls is magical, because very few wines work with chocolate desserts.” Joseph Spellman, MS, Joseph Phelps Vineyards

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A casta Zinfandel que é trabalhada muito nos Estados Unidos como um vinho ou espumante rose demi-sec também harmoniza com sobremesas leves e a base de chocolate. Pense em frutas vermelhas, tortilhas e calda de chocolate.

E por último eu deixo o Tokaji com os chocolates… Hummm delícia!!! Mas lembrem-se se for um Tokaji com bastante aromas de laranja, tangerina, cítricos, experimente uma sobremesa que remeta essas características envolvido com chocolate. Que tal casquinhas de laranja cristalizadas com chocolate, e uma mais trabalhada é a sobremesa italiana Pastiera Napolitana, que é uma receita típica de Nápoles, uma torta doce de ricota e água de flor de laranja, que originalmente não leva chocolate, mas podemos criar uma calda e adaptar a sobremesa ao que desejamos.

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Lembramos que normalmente todos esses vinhos também harmonizam com queijos de frisos azuis. Uma excelente escolha para aperitivo, ou como na Itália que se consome os queijos após refeição.